Departamento de Comunicação e Artes
Design Têxtil e do Vestuário

Aliar a arte à tecnologia

Embora pensado já nos anos 70 como um óptimo complemento para o curso de Engenharia Têxtil, só há três anos atrás foi possível implantar o curso de Design Têxtil e do Vestuário na Universidade da Beira Interior.

 Por Sofia Videira

Estruturas de apoio

- Laboratório de Ensaios Físicos: Tecidos;
- Laboratório de Química Têxtil / Colorimetria;
- Oficina de Fiação;
- Oficina de Tecelagem;
- Oficina de Malhas / Oficina de Corte (CAD Malhas e Confecções);
- Oficina de Confecções;
- Centro CAD de Tecidos;
- Centro CAD - (Estilismo e Modelagem)

Estrutura curricular

Duração normal do curso: 4 anos lectivos

- Nº total de unidades de crédito necessárias à concessão do grau: 159

Áreas científicas:
Ramo Têxtil
Ramo Vestuário

a) Arte e Design 41,5
b) Têxtil e Vestuário 32,5
c) Letras e Humanidades 15,5
d) Economia e Gestão 8,5
e) C. da Comunicação 7,5
f) Psicologia 3,5
g) Informática 2,0

Condições de acesso:
Provas específicas de Português B ou História das Artes Visuais ou Geometria Descritiva ou Desenho

Nasceu há pouco tempo mas a vontade de trazer o curso de Design Têxtil e do Vestuário (DTV) para a Universidade da Beira Interior (UBI) não foi um objectivo recente. Considerado como um forte complemento para a Engenharia Têxtil, do ponto de vista das empresas, nos finais dos anos 70 tentou-se implantar o curso, mas por várias razões não foi possível avançar com o projecto. Nos anos 80 houve uma segunda tentativa mas também não teve aceitabilidade. Só em 2000 é que o projecto vingou e chegaram os primeiros caloiros para a licenciatura de DTV.
Segundo Rui Miguel, professor e director do curso, "o design é uma ponte entre a engenharia e a arte, é fazer arte com a tecnologia". O aluno de Design Têxtil tem de saber sentir o mercado, tem de entender como são feitas as coisas e para que servem, ou seja, têm de desenvolver um produto em termos de funcionalidade. "É aqui que reside a diferença entre a arte e o design, um designer tem de ser artista não desvalorizando a tecnologia, usando-a", comenta Rui Miguel.
Para o docente, um dos momentos mais importantes do curso, foi a formação do seu núcleo. Tem como nome UBIFashion e é o Núcleo de Estudantes de DTV. Nasceu no ano passado e tem alguns projectos em curso. Ainda este semestre irá realizar-se uma passagem de modelos com criações dos alunos do curso. O desfile contará com a presença de modelos amadores e de duas manequins profissionais. "Este desfile vai ser o culminar de uma quinzena dedicada ao curso de DTV, que irá conter também uma série de exposições e conferências", conta Ângelo Correia, vice-presidente do UBIFashion. Para além deste desfile o núcleo tem reunido esforços no sentido de realizar actividades desportivas.
Um dos problemas apontados pelo vice-presidente do núcleo é o facto dos estudantes do curso não conhecerem o mundo empresarial, não saberem qual a sua função dentro de uma fábrica. "Apesar das inúmeras conferências a que já assistimos, nunca tivemos um contacto com o exterior, ou seja, com o mundo do trabalho", afirma Ângelo Correia. No entanto, segundo Rui Miguel, "nenhum aluno ficará sem estágio. Um estágio que não será curricular, mas que será possibilitado através do Gabinete de Estágios e do Centro Português de Design". Até ao próximo ano serão também feitas deslocações dos estudantes às empresas, para que estes possam acompanhar mais de perto a realidade que os espera.

 

 

Clique aqui para regressar à primeira página