Guarda
"Memória das Coisas": um contributo para a auto estima

Café Mondego, a Vaca do Jarmelo, as gárgulas da Sé Catedral, entre outras, são algumas das "memórias" da Guarda. E que o visitante pode conhecer no Paço da Cultura até 31 de Maio.

Hélder Sequeira
NC/Urbi et Orbi


Está patente no Paço da Cultura, até 31 de Maio, a exposição "Guarda: A Memória das Coisas", organizada pela Câmara Municipal. O certame, o segundo dedicado à cidade, desafia o visitante para conhecer o Café Mondego, o poeta popular Joaquim Chamisso, Instituto Politécnico, a Vaca do Jarmelo, os monumentos, as gárgulas da Sé Catedral, os egitanienses, os cinco "efes" e o ar da cidade.
A escolha destes temas resultou da opinião dos visitantes da iniciativa anterior que, destinando-se a "um público genérico", como refere o vice-presidente da Câmara, Álvaro Guerreiro, alcançou os objectivos pretendidos. "Não se pretende seguir uma linha saudosista, mas permitir um reencontro com realidades que fazem parte da nossa cidade e do nosso percurso", considera o autarca, no decorrer da sessão de abertura, que decorreu no dia 25 de Abril. Álvaro Guerreiro sustenta que esta exposição "recusa transmitir uma imagem contemplativa", antes propondo a afirmação de "elementos contemplativos". O vice-presidente da autarquia da Guarda destaca também a edição de uma separata da revista "Praça Velha", alusiva ao certame. "A iniciativa corre o risco da efemeridade e este documento assinala o contexto e o texto da exposição", explica Guerreiro.
Já para Américo Rodrigues, responsável pelo núcleo de animação cultural da edilidade, a separata serve de complementoà exposição e é "mais que um católogo". A edição da separata é acompanhada por um disco que contém a banda sonora da exposição, com temas da autoria de Luís Andrade. O animador cultural da Câmara da Guarda anuncia que a revista "Praça Velha" vai sofrer algumas alterações, ao nível gráfico e será distribuída por todo o País. A publicação passa a ter igualmente um sistema de assinatura, já a partir do próximo número.
Outra das particularidades desta exposição diz respeito ao "armário das memórias", móvel em cujas gavetas várias dezenas de pessoas foram convidadas a guardar um ou mais objectos com simbolismo particular ou repositório de afectos. O visitante pode assim, abrindo as gavetas do armário, descobrir algumas facetas de pessoas conhecidas, ou não, da Guarda. "Esta exposição pretende ser um contributo para o fortalecimento da auto-estima dos egitanienses", considera Américo Rodrigues.