O Sporting da Covilhã assegurou a permanência na II Liga



Ficha do Jogo


Campo de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(18-05-2003)




Árbitro: Pedro Henriques
Auxiliares: Sérgio Lacroix e Sérgio Serrão



Sp. Covilhã- 0
Celso, Piguita, Moisés, Celso, João Carlos (58' Piguita), Moisés, Pinheiro, Trindade (79' Nii Amo), Mauro, Anky, Edgar, Nini (65' Hermes), André Cunha, Rui Morais;
Suplentes não utilizados: Luciano, Jorge Humberto, Viola, Tarantini, Rui Morais.
Treinador: João Cavaleiro


Naval - 0
Dani, Mesquita, Fernando, Sérgio Gameiro, Baha, Auri, Bruno Novo, Claúdio Campos (20' Carlitos), Weernalton, Gravata (52' Oliveira), Solimar.
Suplentes não utilizados: Tó Ferreira, Justiniano, Bispo, Joel, Nuno Batista
Treinador: Álvaro Magalhães


Disciplina: cartão amarelo a Weernalton (47'), Fernando (87').



Figura do Jogo:
Moisés

O jogador serrano que pareceu mais esclarecido em campo, trabalhou bastante no tempo de jogo e esteve muito perto de conseguir o golo. Pareceu ter sido derrubado (no minuto 60') mas o árbitro Pedro Henriques não assinalou a grande penalidade, teria sido o momento do jogo. Moisés, depois de um início de campeonato fulgurante esteve algum tempo afastado dos relvados para um regresso em baixo de forma, mas agora parece querer voltar a assumir-se como o criativo da equipa. Esteve muito bem em campo à semelhança da sua equipa, faltou somente a conquista dos três pontos, o que não seria uma injustiça para a Naval totalmente remetida para a defesa.

Manutenção assegurada para os leões da serra
Resultado feliz disfarça Naval apática

Com o fim do campeonato já muito próximo o Sporting da Covilhã recebeu em casa a Naval num encontro da 32ª jornada da II Liga, já quase com a certeza da manutenção a equipa serrana ia tentar bater uma Naval que ainda acalenta o sonho da Superliga, a quem o resultado sorriu.


Por Paulo Galhardo


O Sporting da Covilhã regressou ao seu estádio Santos Pinto após a vitória conseguida na 31ª jornada frente ao Desportivo das Chaves no seu reduto por dois a zero. Já quase com a certeza da permanência no segundo escalão do futebol português, os leões queriam mostrar a sua raça frente ao adversário deste fim de semana, a Naval 1º de Maio. Equipa terceira classificada em igualdade pontual com o Portimonense e Estrela da Amadora, que precisava de pontos para manter o sonho da subida à Superliga.
Numa tarde bonita e de temperaturas agradáveis, o Santos Pinto tinha uma casa bem composta para um desafio mais importante para as aspirações da Naval do que propriamente para o Covilhã.
A primeira oportunidade do jogo logo aos cinco minutos, pertenceu ao Covilhã com Mauro a cruzar para o interior da área, Trindade de cabeça à boca da baliza não conseguiu apontar o primeiro golo, atirando ao lado. Só graças a uma grande defesa de Dani à passagem do quarto de hora, evitou que André Cunha com um remate potente colocasse em vantagem a equipa da casa.
Álvaro Magalhães, técnico da Naval logo aos vinte minutos decidiu alterar a sua equipa, saiu Cláudio Campos que parecia não se encontrar nas melhores condições físicas, para entrar Carlitos.
À meia hora de jogo parecia só existir o Sporting em campo, e foi de novo André Cunha quem pôs o perigo a rondar a baliza da Naval, após uma falha de marcação fugiu pela lateral e cruzou rasteiro para a área, mas Dani de novo saiu para evitar o pior. Nini (34') na área responde a um cruzamento com um remate, desviado em esforço para canto por Solimar. A primeira parte terminava sem mais ocasiões, o Sporting da Covilhã dominava e a Naval permitia, sendo que se esperava mais da equipa que havia já afastado o Sporting da taça esta época e que está à beira da subida.
A segunda parte, trouxe equipas do balneários com instruções diferentes, à serrana interessava o ataque e para os da Figueira a conquista do empate parecia ser suficiente.
A Naval era uma equipa algo destituída de interesse no ataque e o técnico decidiu tirar Gravatá (52') para ceder o seu lugar a Oliveira, na esperança de que a Naval sacudisse a pressão da defesa.
O técnico João Cavaleiro, tira João Carlos (58') e entra Piguita para ocupar a sua posição, alteração que não alterou a táctica em campo.
À passagem da uma hora de jogo, Moisés tem um excelente trabalho e dribla os seus adversários para entrar na área, onde parece ser rasteirado mas Pedro Henriques não assinala nada.
A saída de Nini (65') para a entrada de Hermes confirmava o pendor ofensivo da formação serrana.
Hermes após a marcação de um livre (70') foi impedido de jogar à bola, tendo sido agarrado por um defesa, mas de novo o árbitro não assinala nada, nem o seu auxiliar. Era a segunda decisão polémica que resultava de jogadas de grande penalidade na área da Naval, estranho foi nem ter assinalado as grandes penalidades nem mostrado amarelos aos jogadores do Covilhã e podemos interpretar isso como a dúvida que Pedro Henriques viveu em relação aos dois lances.
A saída de Trindade (34') para a entrada de Nii Amo parecia querer explorar as alas e acrescentar algum improviso ao ataque do Covilhã.
André Cunha (83') jogador que esteve muito bem na partida, tenta de novo a sua sorte com um remate à entrada da área, Dani defende mas depois atrapalha-se e quase deixa a bola entrar, o que seria uma falha imperdoável para as aspirações da Naval.
Já nos descontos de tempo, o Covilhã quase chega ao golo por uma jogada bonita, subida de Edgar à lateral para cruzar por alto, Nii Amo sobe de cabeça e toca para o coração da área onde Hermes quase conclui com sucesso. A partida terminou logo a seguir.

"Hoje, tivemos com a estrelinha de campeão mas agora teremos campeonato até ao fim"

No final da partida, Álvaro Magalhães já sabia da derrota do Portimonense e do empate do Estrela da Amadora, resultados positivos para a manutenção do terceiro lugar e do sonho de subida à Superliga. Comentou acerca da partida de que o resultado só assegurava a manutenção da esperança e das dificuldades para o campeonato restante. Afirmação curiosa foi de que a Naval tinha tido a "estrelinha de campeão" referindo-se talvez à sorte na conquista do ponto frente a um Covilhã tão aguerrido, embora tenha também comentado de que há pessoas que não parecem contentes com a subida da Naval, mas não colocou nomes.
Já João Cavaleiro, muito contente com a actuação dos seus jogadores admitiu ter somente faltado a vitória, mas afirmou que tal também se ficou a dever a decisão nos lances capitais por parte da equipa de arbitragem.
O principal para o técnico foi a certeza de ter conseguido cumprir com o objectivo traçado, algo que se ficou a dever a um ano de muito trabalho pela equipa, valeu o carácter e espírito de sacrifício de todos
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