O novo aeroporto será uma plataforma logística para o desenvolvimento da região
Aeroporto da Covilhã
Prioridade para o Governo



Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi


"O Governo está disponível para apoiar a construção do Aeroporto da Covilhã, ainda durante esta Legislatura". A afirmação é do secretário de Estado adjunto da ministra da Justiça, João Mota Campos, proferida na quinta feira, 18, em Castelo Branco. O representante do Poder Central deixa a certeza de que a construção da infra-estrutura, a par da conclusão da Auto-Estrada da Beira Interior (antigo IP2) e do IC8, constitui uma das prioridades do Governo de Durão Barroso para o Interior do País.
Quem fica satisfeito com as declarações feitas por aquele que é também candidato à Distrital do CDS/PP é Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã. "Se o Governo diz que é prioridade, tal como a autarquia, ficamos bastante satisfeitos com isso", considera o edil covilhanense. Já o vereador do PS na autarquia serrana, Miguel Nascimento, refere que "a construção do Aeroporto, que vem contribuir para o desafogamento da região, em termos de acessibilidades, é algo muito positivo". No entanto, o único membro socialista no executivo camarário acha "estranho" que tais afirmações tenham sido feitas "por alguém ligado à Justiça", e "não pelo ministro das Obras Públicas".
O Aeroporto Regional da Covilhã representa um investimento entre os 25 e os 30 milhões de euros, cujo principal objectivo é vir a constituir-se numa plataforma logística aeroportuária, contribuindo para o densevolvimento integrado, não só do concelho, mas de toda a região.
Dado a conhecer a 20 de Novembro de 2001, a futura infra-estrutura abrange uma área de 200 hectares e terá uma pista com dois quilómetros, já aprovada pelo Instituto Nacional de Aviação Civil. Do plano fazem parte hangares destinados ao Aero-Clube, apoio à licenciatura em Engenharia Aeronáutica da UBI e a implantação de um Centro Operativo de Apoio ao Combate a Incêndios. Está igualmente prevista a ampliação da aerogare e motivar a implementação de indústria de montagem. A pista actual fica reservada a actividades lúdicas. Por forma a apoiar os futuros vôos charter e privados, vão ser construídos um hotel e zona habitacional. O projecto, que demorou cerca de dois anos a desenvolver e que está a ser levado a cabo por uma comissão constituída por várias entidades bancárias, pretende melhorar o sistema de acessibilidades e actividades já implantadas na região.