Deficientes do País estiveram mais uma vez reunidos em Valhelhas
Valhelhas
Piquenicão reúne 300 pessoas com deficiência



Andreia Reis


"O nosso objectivo foi mais que cumprido". A afirmação é de Adelino Pais Fernandes, presidente da Associação Portuguesa de Deficientes, e refere-se ao segundo Piquenicão Nacional de Pessoas com Deficiência que, à semelhança do ano passado, decorreu no sábado, 28, no Parque de Campismo de Valhelhas.
Segundo Adelino Pais Fernandes, o número de presenças ultrapassou largamente os do primeiro convívio, contando com cerca de 300 pessoas. "Temos cada vez mais pessoas a participarem e o evento tornou-se no maior do País", salienta o presidente da Delegação Distrital. Os participantes vieram de todo o lado, desde Vila de Rei a Verdelhos, passando pelos distritos da Guarda e do Porto.
Perante o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência, a iniciativa serviu também para elucidar as pessoas de que os deficientes existem e merecem ter as mesmas acessibilidades. Os espaços são um dos problemas mais preocupantes dos deficientes e os lugares que existem são muitas vezes ocupados por pessoas que não respeitam os seus direitos, explica a Associação no seu jornal. Descontente com esta situação, Adelino Pais diz que "deveria haver fiscalização". As rampas de acesso, as passadeiras, os desníveis desaquados, a falta de meios a uma caixa multibanco, a escadaria são outros problemas com os quais os deficientes se deparam.
Na opinião de Adelino Pais, na Covilhã "deveriam pôr alguém da Câmara Municipal a tratar destes problemas". E acrescenta que "em termos de acessibilidades, a autarquia não tem correspondido às expectativas".
Pais Fernandes esperava que a Covilhã "fosse o exemplo, mas não tem tomado as iniciativas necessárias". O presidente refere ainda que os espaços na Cidade Neve estão a ser reduzidos e classifica isso como uma "calamidade e desastre para nós". "Os deficientes têm dificuldades de mobilidade, não têm onde pôr o carro e não conseguem facilmente sair das viaturas", explica o presidente.