Andreia Reis
NC / Urbi et Orbi


Sevinate Pinto adia o prazo de conclusão do Regadio da Cova da Beira

"Sobre os prazos previstos não tenho nenhuma informação que me permita não acreditar que não sejam cumpridos". A afirmação é dada pelo ministro da Agricultura, Sevinate Pinto, acerca do Regadio da Cova da Beira. A construção desta obra, considerada por muitos como "estruturante" e "fundamental" para a região, tem sido marcada por constantes avanços e recuos.
Já em Outubro do ano passado, o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Bianchi de Aguiar, garantia, numa visita à Adega Cooperativa da Covilhã, que as obras seriam concluídas dentro dos prazos. "O processo está numa fase bastante avançada de execução. A decisão já foi tomada e não se vai voltar a atrás", reiterava este membo do Governo naquela altura.
No entanto e ao contrário do que agora diz, Sevinate Pinto, numa deslocação à cidade serrana, a 25 de Maio de 2002, não garantia que o prazo até 2006 fosse cumprido. Nessa data, o problema, esclarecia o ministro, era "executar". "Corremos graves riscos de ter que devolver meios que nos eram afectados. No caso deste Ragadio, também", explicava o titular da pasta da Agricultura.
Perante tantas declarações contraditórias e "os constantes atrasos que o Regadio tem sofrido, depois de terem sido avançadas diversas datas para a sua conclusão", António Cardoso demite-se do cargo de presidente da Associação de Beneficiários do Regadio da Cova da Beira (ABRCV). Depois de sete anos no cargo, António Cardoso deixou claro que saía triste por o Regadio não estar concluído no seu mandato.