Balanço
Incêndios causam prejuízos de um milhão e 450 mil euros

Unhais da Serra é a mais penalizada pelos fogos que assolaram o concelho da Covilhã. Mil e 500 hectares foram consumidos pelas chamas. A inventariação dos danos está feita e será entregue ao Governo.

Carla Loureiro
NC / Urbi et Orbi


Mil e 500 hectares é a área ardida no concelho da Covilhã. O número é avançado por Joaquim Matias, vereador na Câmara Municipal e à frente do grupo de trabalho que procede ao levantamento dos prejuízos causados pelos fogos florestais. São cinco as freguesias afectadas e Unhais da Serra a mais penalizada com um prejuízo calculado na ordem dos 821 mil euros. Segue-se o Teixoso, Cortes do Meio, Vila do Carvalho e Cantar Galo, com danos avaliados em 453 mil, 145 mil e 500, 20 mil e 10 mil euros, respectivamente. O que perfaz um total de cerca de um milhão 450 mil euros. Os números, afiança Joaquim Matias, "são mais que provisórios. São quase conclusivos". E surgem depois de várias reuniões promovidas pela autarquia com os presidentes daquelas juntas, em que participaram também técnicos da edilidade, bombeiros e representantes da GNR. O levantamento dos prejuízos incide sobre o período entre Julho e 18 deste mês.
De todos os danos provocados pelos incêndios, além da área de floresta ardida, Matias destaca a destruição pelas chamas de duas habitações na freguesia do Teixoso, "orçadas em 95 mil euros". Já em Unhais da Serra, três cortes para o gado. Viaturas, alfaias agrícolas, animais, tubarias para o fornecimento de água e regas, pinhal, oliveiras, vinhas, árvores de fruto, vedações e pastagens são outros dos prejuízos contabilizados.
Após o levantamento efectuado, segue-se a entrega de inquéritos aos prejudicados, posteriormente a analisar pelos diferentes ministérios. As juntas do concelho afectadas pelos incêndios, revela o vereador, também já têm em sua posse as normas reguladoras da atribuição de subsídios. Na segunda-feira, 25, teve lugar um encontro na autarquia onde estiveram presentes responsáveis do município, da Direcção Regional de Agricultura da Beira Interior (DRABI), Segurança Social e presidentes das juntas por forma a "ajudarmos no preenchimento de formulários, tirar dúvidas e apresentar sugestões".
Entretanto e como forma de assegurar necessidades de primeira ordem, começaram na segunda-feira, 25, a ser canalizados, através do Governo Civil, bens alimentares e roupas para as famílias mais afectadas. Também em Unhais da Serra se fazem diligências no sentido de minorar os danos causados. "Das 600 cabeças de gado que ficaram sem pasto, os proprietários, numa conjugação de esforços entre a Câmara, Junta e DRABI, têm já o seu problema resolvido, tendo já recebido alguns cheques de apoio", conta Joaquim Matias. "Está a ser feito um trabalho em tempo recorde por forma a resolver o mais depressa possível os problemas dos lesados", sublinha o vereador.