Hermes tenta progredir por entre três defesas salgueiristas
Leões continuam sem pontuar
Injustiça no Estádio do Mar

À terceira jornada o Covilhã continua sem pontos. No Estádio do Mar, os leões até foram superiores ao Salgueiros, mas nem a sorte nem Elmano Santos conseguiram ser imparciais.


NC / Urbi et Orbi


Bem se pode queixar da arbitragem o Sporting da Covilhã. O conjunto serrano foi a Matosinhos defrontar o Salgueiros em casa emprestada - no estádio do Mar - e somou a terceira derrota em outros tantos jogos da Liga de Honra com uma "mãozinha" de Elmano Santos. O árbitro madeirense acaba por ser um dos protagonistas do encontro, uma vez que teve influência directa no resultado. Primeiro, anulou um golo limpo a Denilson por alegado fora-de-jogo inexistente, depois expulsa Rui Andrade por uma falta menor e deixa em campo Beke que teve entradas sobre adversários bem mais merecedoras do vermelho. Enfim, num jogo já de si, pobre em espectáculo, Elmano Santos foi a "piéce de resistance" que se dispensava.
De resto, a derrota do Covilhã tem um forte sabor a injustiça. Não só pela influência do juiz da partida, mas também, e sobretudo, porque os serranos foram mais equipa ao longo dos 90 minutos. O conjunto beirão entrou melhor na partida e atreveu-se desde logo a ameaçar as redes de Paulo Lopes. Logo aos dez minutos surge o primeiro caso. Dani remata para defesa incompleta do guardião de Paranhos e Denilson aparece a marcar na recarga. Um golo que, no entanto, seria injustamente anulado. A formação de João Cavaleiro, com a lição táctica bem estudada, não esmorece e continua a pressionar o conjunto salgueirista, que não encontrava soluções para ultrapassar a sólida defesa covilhanense.
Aos 35 minutos os "leões" chegam ao tão merecido golo. Na sequência de um livre apontado por Lourenço, o central Gérson surge ao segundo poste e bate Paulo Lopes. Um golo que os covilhanenses já há muito justificavam. A equipa fica ainda mais motivada, mas a alegria duraria apenas cinco minutos. Na sequência de um pontapé de canto, Beke iguala a partida para os da casa com um tento, também ele, envolto em polémica. Na marcação do canto, Hermes choca de cabeça contra um adversário e cai inanimado no chão. Ainda assim, Rhanem contuinua a jogada que acaba por dar o empate ao Salgueiros.

Desaire ao cair do pano

Na segunda metade é o Covilhã que volta a criar perigo primeiro, mas o Salgueiros, fruto de algumas alteralções nmo onze, acaba por começar, aos poucos, a tomar conta do jogo. A formação encarnada encontra, finalmente, o caminho para a baliza de Celso e, por quatro ocasiões, poderia ter desfeito a igualdade. Celso, porém, volta a estar seguro entre os postes e, quando não conseguiu chegar, foi Piguita, por duas vezes, a negar o golo a Rhanem.
Aos 73 minutos Rui Andrade é expulso e o Covilhã fica reduzido a dez elementos. Ainda assim, é o conjunto leonino que cria a melhor oportunidade de golo da segunda metade: Hermes desmarca o recém-entrado Osseias com um passe primoroso, mas o remate do avançado é travado por uma excelente defesa de Paulo Lopes. Em cima dois 90 minutos, e quando já todos esperavam a divisão de pontos, o Salgueiros volta a marcar pelos pés de Miguel. Um golo tardio que inviabiliza qualquer tentativa de reacção do Covilhã.
Na próxima ronda, os serranos recebem os açorianos do Santa Clara. Uma partida que Cavaleiro vai ter duas semanas para preparar, uma vez que os campeonatos da Superliga e Liga de Honra só regressam a 14 de Setembro.