Os alunos vão aprender a dominar o multimédia
Curso de formação
Preparação para o mercado de trabalho

A UBI recebe, a partir de ontem, 22, até dia 18 de Dezembro, 12 jovens licenciados desempregados para um curso de formação denominado projecto Design Multimédia, ao abrigo do programa GESTIC.


Por Daniel Sousa e Silva


"A ideia é preparar pessoas que não estejam directamente ligadas às artes, mas que com esta formação vão estar preparadas para trabalhar na área do multimédia". É assim que João Canavilhas explica o objectivo do curso de formação na área do multimédia que arrancou ontem, segunda-feira. O docente da UBI e responsável pela parte lectiva do curso de três meses adianta que "um dos aspectos mais interessantes do curso é que o último trabalho, um projecto, não é para ser colocado na prateleira, é um projecto para empresas, um trabalho visível".
Um dos trabalhos, que já está a ser feito, é para a APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) do Fundão. Trata-se de uma página de Internet que vai estar disponível a partir de 3 de Dezembro a nível nacional, com informações acerca de todas as APPCDMs do País, embora com dados mais detalhados sobre a delegação do Fundão.
O financiador do curso é o Instituto de Emprego e Formação Profissional. A organização do projecto coube ao Gabinete de Apoio à Investigação, parte integrante do Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional (CEDR), à vice-reitoria, pela mão do vice-reitor Mário Raposo, e a parte lectiva do curso, ao Centro de Recursos de Ensino e Aprendizagem (CREA)
O programa GESTIC destina-se a jovens desempregados com formação superior.
Os 12 formandos já têm à sua espera, no final do curso, um estágio de nove meses numa empresa da região. Dina Pereira, do Gabinete de Apoio à Investigação, pertencente ao CEDR, explica que 10 dos formandos já têm "uma empresa à sua espera". Aos outros 2 vão ter de ser conseguido estágios, porque "são requisitos obrigatórios do Programa GESTIC". A ASSEC-Consultores, António Ezequiel e a UBI, com dois estágios, (um no Museu dos Lanifícios e outro no Gabinete de Relações Públicas) são alguns exemplos de entidades patronais onde os jovens irão fazer o estágio profissional de nove meses.
O curso foi estruturado para ser leccionado em módulos. João Canavilhas explica que "são sequenciais para haver uma evolução dos conhecimentos". Os módulos passam por matérias como Instrumentos Básicos de Informática, Tratamento Digital de Imagens e Criação de Empresas.
Em alguns casos, as empresas empregadoras pediram um certo perfil e "vai-se tentar especializar os formandos no sentido de estarem preparados para preencher esses lugares", acrescenta o docente. A título de exemplo, "uma empresa pediu um técnico para a criação de imagens em 3D, outra, alguém mais especializado em paginação." O currículo é comum, mas quem quiser se debruçar sobre uma área específica vai poder fazê-lo.
João Canavilhas avança que "nas empresas vão continuar a desenvolver-se as aptidões adquiridas com trabalhos práticos, mas uma das grandes vantagens é que podem sempre voltar, para qualquer ajuda que necessitem".
Entre Dezembro de 2002 e Abril de 2003, já decorreu nas instalações da UBI um outro curso na área de gestão, o FORDESQ, mas, naquele caso, "não havia garantia de inserção no mercado de trabalho".