AAUBI promete contestação "animada"
Protestos anunciados
AAUBI contra valor da propina

A direcção da AAUBI organizou para esta semana medidas de contestação ao aumento das propinas. Uma vigília, a realizar-se hoje, em frente aos Serviços Académicos da UBI, e a criação de um cordão humano a unir dois pólos da UBI são a escolha dos estudantes.


Por Daniel Sousa e Silva


A AAUBI marcou as 23h de hoje, terça feira, como hora de início para a vigília de protesto em frente aos Serviços Académicos da Universidade da Beira Interior. Os estudantes contestam o valor de 700 euros fixado para as propinas na instituição.
"Vai-se tentar fazer uma noite mais ou menos animada", adianta Bruno Carneiro, tesoureiro da Associação Académica da Universidade da Beira Interior.
A oferta de febras e caldo verde é uma das ideias da AAUBI para cativar os alunos a permanecer durante o mais tempo possível no local. O tesoureiro afirma que o objectivo é "tentar ficar toda a noite, até de manhã, para depois continuar a contestação".
Quanto à habitual falta de adesão por parte dos alunos ubianos às manifestações estudantis, Bruno Carneiro defende que, "desta vez, as pessoas estão dedicadas de corpo e alma à causa". Para aqueles que não estejam a pensar em participar, a AAUBI também já antecipou o problema. "Vão ser organizados piquetes com quatro ou cinco pessoas, para fazer uma ronda pelos bares para chamar todos os outros à vigília", revela.
No dia 1 de Outubro, quarta feira, está planeado pela Associação Académica o fecho da Rua Marquês D' Ávila e Bolama, a estrada em frente ao Pólo I. A intenção é instruir os estudantes a circular ininterruptamente nas duas passadeiras em frente à UBI, impossibilitando o trânsito automóvel.
Ainda no dia 1, a AAUBI pretende fazer um peditório simbólico pelas ruas da Covilhã, em semelhança com um anterior decorrido durante o período de matrículas dos "caloiros". "Durante as matrículas, procedeu-se a um peditório simbólico, que apareceu de forma espontânea, mais como brincadeira, e foi assim que surgiu a ideia de se fazer um também pela cidade", elucida Bruno Carneiro.

Direito civil

Santos Silva, reitor da UBI, afirma, a respeito dos anunciados protestos, que "o direito à manifestação pública é um direito civil dos alunos como de qualquer outro cidadão". No entanto, adverte para o facto de "este direito dever ser exercido em respeito pelo normal funcionamento da sociedade". Santos Silva espera que os protestos decorram dentro da "legalidade".
O reitor admite, como em anteriores ocasiões, não concordar com certos aspectos da nova lei de financiamento do Ensino Superior, mas "a verdade é que a lei tem de ser respeitada".