As obras para o nó de acesso podem ser retomadas
Esperança reaparece
Boidobra pode ter semi-nó de acesso à A23

A freguesia da Boidobra pode ver satisfeita a reivindicação de ter um acesso à A23. A "esperança" foi deixada pelo presidente da Câmara, Carlos Pinto, que tem levado a cabo várias reuniões com esse propósito.


Carla Loureiro
NC / Urbi et Orbi


O semi-nó de acesso da Boidobra à Auto-Estrada da Beira Interior (A23) pode vir a ser uma realidade. A revelação foi feita por Carlos Pinto, presidente da autarquia da Covilhã, durante a Assembleia Municipal do passado dia 26. "A Câmara tem esperança de que esse semi-nó venha a ser construído", diz Pinto. Recorde-se que esse acesso esteve contemplado no projecto inicial, mas que depois foi chumbado no relatório de impacto ambiental pelo Ministério do Ambiente (MA). Porém, a Sctuvias, empressa concessionária da A23, tentou fazê-lo, mas foi alvo de uma contra-ordenação, tendo, por isso, abandonado a ideia. "Nós retomámos o assunto e temos tido várias reuniões com os responsáveis para ver se se ultrapassam as reservas que existem quanto às questões ambientais", adianta o autarca covilhanense. No entanto e apesar dos esforços, a própria Scutvias, diz Carlos Pinto, "está agora um pouco renitente em vir a executar a obra, invocando a retirada de material". O assunto voltou a ser discutido ontem, quinta-feira, 2 de Outubro, na Câmara Municipal com membros do MA. Apesar dos "obstáculos", o edil serrano acredita que a ligação da Boidobra à A23 se concretize, contando para isso com a "ajuda do ministro das Obras Públicas e do novo presidente do IEP".
A ligação, colocada a meio do troço do acesso norte da Covilhã à Auto-Estrada, serviria não só a Boidobra, com as freguesias do Ferro e Peraboa. José Pinto, presidente da Junta da Boidobra, manifesta o seu "contentamento", uma vez que as pessoas "se vão sentir satisfeitas com uma serventia de tal natureza". Mas a satisfação não é total porque, explica, "este semi-nó só vai permitir que as pessoas que ali residem - nas quintas Branca e da Moreirinha, por exemplo - tenham que tomar aquela via somente no sentido da A23". "O acesso às quintas só poderá ser feito através da estrada do Aeródromo até à Ponte de Álvares e depois seguir por um caminho de terra batida", diz José Pinto. O presidente da Junta também tem "pena" que o semi-nó não venha a estar concluido ao mesmo tempo que o acesso à Covilhã.