Fundão
Serviço de Oncologia sediado na Cova da Beira


O Centro Hospitalar da Cova da Beira, nas unidades da Covilhã e Fundão, vai ter uma nova valência na área da oncologia. Dar à Unidade de Dor um "serviço de excelência" é um dos objectivos do responsável da ARS do Centro, Fernando Andrade.

Andreia Reis
NC / Urbi et Orbi


O serviço de cuidados continuados de Oncologia vai ficar sediado no Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB). A garantia foi dada por Fernando Andrade, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro na visita que fez ao Centro de Saúde do Fundão, no passado dia 5. Segundo o presidente, "o Fundão tem pessoas, estrutura, conhecimento e profissionais com capacidade para fazer isto".
A decisão de sediar o serviço de Oncologia na Cova da Beira também deriva de, na Covilhã, existir o ensino universitário. "Esta é uma área necessária ao ensino, mas também a toda a esta zona da Guarda e Castelo Branco", revela sem apontar prazos para o arranque deste serviço.
Para além do presidente garantir que o Hospital do Fundão "mantém todos os serviços que tem hoje, acrescidos dos cuidados oncológicos", refere também que "os serviços que há são para ser melhorados e para serem levados ao ponto de qualidade do próprio serviço". "Quero certificar-me de que a qualidade dos serviços prestados aos doentes é a mesma que em qualquer outro lugar do País", fomenta.
Com o objectivo de conhecer a realidade do Centro, durante a visita, Fernando Andrade insistiu ainda que tanto o Hospital do Fundão, como o Centro de Saúde, "devem responder em termos de quem está melhor colocado para a prevenção e promoção da saúde". Sem se misturarem as competências, mas antes complementando-as, o que se pretende "é que o Centro e o Hospital sejam uma continuidade de serviços", acrescenta.
Dar à Unidade de Dor, um serviço de excelência, é outra ideia assente pelo responsável da ARS Centro. "O Hospital tem um bom servidos, mas queremos que seja de exclência", anuncia Andrade. Isto porque "o Fundão, por estar nesta zona do País, não pode nem deve ter um tratamento inferior", adverte.
Mas o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro diz que "o Hospital do Fundão tem que evoluir". "O edifíco onde funciona a Unidade da Dor, não é novo, tem algumas carências e, por isso, está incluído no Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), para algumas obras de melhoramento e para ter outros cuidados em termos de estrutura e edifício", assegura.

Fundão tem Centro de Saúde piloto

"O Centro de Saúde do Fundão é um centro piloto na nova estruturação do Ministério da Saúde e na nova lei de Gestão dos Centros de Saúde", afirma Fernando Andrade. De acordo com o responsável, "este Centro foi escolhido pela sua prestação de trabalho e pela sua ligação à comunidade". O que se pretende é que este Centro sirva de exemplo para todos os outros, implementando algumas normas a curto prazo. "Obrigam-se a fornecer mensalmente os dados de atendimento e da qualidade desse atendimento, para sabermos qual é a relação com a comunidade e como funciona", declara. E complementa que "o Centro de Saúde tem que estar virado para o utente. É neste sentido que este Centro piloto está a monitorizar estas questões para ver quem é que está fazer melhor". Andrade explica que "não faria sentido escolher um Centro de Saúde pequeno, sem capacidade de resposta, e sem a capacidade de angariar dados". Desta forma, aquilo que se pretende é que "ao fim de uns meses ou um ano, se possa dizer que este modelo funciona bem para os doentes, que respondemos às suas necessidades e chegar à conclusão que, então, este modelo pode ser fotocopiado para os Centros de Saúde", sublinha.
Manuel Frexes, também na visita, garantiu que "a equipa do Centro de Saúde do Fundão tem vindo a desenvolver um trabalho notável para assegurar os cuidados de saúde dentro da qualidade que se exige".