Por Filipa Minhós


A falta de público não
desmoraliza organização

O Anfiteatro 1 da Universidade da Beira Interior (UBI), recém baptizado de Cinubiteca, acolheu nos passados dias 24 e 25 de Novembro a quinta edição do Festival Internacional do Filme de Divulgação Científica, também conhecido como TELECIÊNCIA 2003. A organização do evento contou este ano com a colaboração de alguns alunos da licenciatura em Cinema, supervisionados por Manuela Penafria, docente da mesma.
Dos 20 filmes seleccionados pela comissão organizadora, apenas 7 puderam ser exibidos. Carla Quelhas, aluna e membro da organização, justifica o facto com a falta de verbas. “É pena mas a falta de dinheiro para legendar os filmes estrangeiros limitou a nossa selecção”, refere. Apesar das dificuldades, o público pode assistir a filmes como “Noite em Branco”, de Olivier Blanc, “A Nanotecnologia”, de Mark Henri Wajnsberg, “Insectos e Cia.”, de Solange Martins, ou “A Fenilcetunúria”, de Pedro Bessa. Os sete filmes seleccionados estão propostos ainda a um concurso a realizar brevemente na UBI.

“Há falta de interesse por parte das pessoas”

A fraca adesão do público não desmoraliza os organizadores do festival. “O Teleciência continua a ser uma aposta positiva”, defende Carla Quelhas, “na medida em que a ciência se torna mais apelativa se for mostrada num suporte fílmico, assegurando todo o seu carácter pedagógico.”
O TELECIÊNCIA surge em 1999 por iniciativa da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), contando com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Programa Ciência Viva. O festival procura explorar a ligação existente entre ciência e artes visuais, permitindo ao mesmo tempo promover e divulgar a investigação científica.