Indústria de laníficios
Ex-Nova Penteação retoma produção em Janeiro

Depois de várias Assembleias de Credores, Paulo de Oliveira tomou posse de uma das mais importantes unidades laneiras da cidade. Uma nova administração que muda o nome de Nova Penteação para Teximax e que conta, já no próximo mês, com a laboração de 120 trabalhadores.

NC / Urbi et Orbi


A tão conhecida fábrica industrial de lanifícios da Covilhã, de seu nome Nova Penteação, adquire agora um outro nome: a Teximax. A informação foi dada na tarde da passada terça-feira, 9, pelo novo proprietário, o empresário covilhanense, Paulo de Oliveira. A nova designação daquela unidade laneira foi dada no Tribunal da Covilhã, após cerimónia de posse da nova administração.
Recorde-se que Paulo de Oliveira assumiu a Nova Penteação através de trespasse industrial, aprovado em Assembleia de Credores no início de Outubro, no valor de três milhões de euros. Tomada de posse que atrasou com o facto de Rui Cardoso da Beira Lã ter metido um requerimento que, por sinal, foi indeferido pela Juiza. E outro requerimento pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, que mais tarde foi retirado pela mesmo instituto, o que viria a acelerar o processo.
O novo proprietário da Teximax é acompanhado no conselho de administração pelos seus dois filhos, Luís Miguel e Paulo Augusto Oliveira, e pelo gestor judicial Vítor Simões.
Com a firma Teximax, Paulo de Oliveira havia já absorvido outra unidade têxtil da região: a Moura e Matos, no Tortosendo.
No que respeita às instalações do Parque Industrial do Canhoso, deverão entrar em plena laboração durante o mês de Janeiro, decorrendo, até lá, o recrutamento de cem a 120 trabalhadores, de entre os 400 que laboravam na Nova Penteação.
Paulo de Oliveira explica que "as admissões dependem do trabalho que houver". E acrescenta: "Vamos admitindo a pouco e pouco, à medida que as máquinas forem voltando a trabalhar".
Segundo o proprietário, "a situação do mercado é difícil, pelo que é preciso coragem para relançar uma empresa neste sector, nesta altura". E assegura: "Vamos tentar ultrapassar as dificuldades, pois há boa vontade da nossa parte e estou confiante".