Decisão quase definitiva
Auto-estrada do Interior sem portagens

Já é quase definitiva a decisão do Conselho de Ministros de não atribuir portagens pagas à Auto-Estrada da Beira Interior (A23). A futura auto-estrada, a A25, e o IP3, também não terão portagens.

NC / Urbi et Orbi


A decisão foi tomada no passado dia 3,e tudo indica que seja definitivo. A Auto-Estrada da Beira Interior (A23) não vai ter portagens, pois o Conselho de Ministros chegou à conclusão que a introdução de portagens pagas é inviável, quer na A23, como na A22 (Auto-Estrada do Algarve). A oposição dos autarcas relativamente a esta posição tornou-se irrelevante quando se falou na complexidade técnica e nos custos que iriam envolver a construção de praças de portagem, em SCUT`s com inúmeros acessos.
Contente com a decisão está a Comissão de Utentes da Auto-Estrada da Beira Interior (CUABI), que aproveitou para elogiar a medida do Conselho de Ministros. "É uma vitória da região, nomeadamente da população", destacou o porta-voz da CUABI, Jorge Fael, sem deixar de enfatizar que "a Comissão de Utentes fica satisfeita com esta decisão a favor da razão e do bom senso". E acrescenta: "A Beira Interior foi contemplada com uma auto-estrada sem custos para o utilizador, como uma forma de discriminação positiva". De facto, Fael enaltece esta discriminção, até porque "houve uma expectativa criada, necessária para que esta região possa também, pela via das acessibilidades, atrair e fixar investimento". No que toca ao papel dos autarcas e empresários no processo, o porta-voz acha que "todas as formas de pressão utilizadas resultaram no reconhecimento de que os compromissos assumidos pelo Estado para com as regiões, devem ser cumpridos e honrados".
A decisão do Conselho de Ministros de não haver portagens na Auto-Estrada da Beira Interior também foi alvo de comentários por parte da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). O presidente da ANMP, Fernando Ruas considera que a introdução de portagens pagas nas auto-estradas até agora gratuitas para os utentes, não deve avançar, visto serem vias sem alternativa que servem o Interior do País. Para além disto, também as futuras auto-estradas entre Aveiro - Vilar Formoso (A25) e o IP3 de Coimbra - Vila Real, para Ruas, "não vão ter portagens", pelo menos com o concentimento dos autarcas. No entender do presidente, a situação agrava-se mais pelo facto de serem "vias que servem o Interior, martirizado no processo de desenvolvimento".
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