Novas ideias para o futuro da região
Associação de freguesias discutida em Janeiro

Duas das Juntas urbanas estão a liderar o processo de criação de uma Associação de Freguesias. O objectivo passa por conseguir melhores financiamentos.

NC / Urbi et Orbi


A mais que discutida constituição de uma Comunidade Urbana na região poderá ser acompanhada pela criação de uma associação de freguesias. A ideia começa a ganhar consistência no seio de, pelo menos, duas das quatro juntas urbanas da Covilhã. Santa Maria e São Martinho encabeçam um projecto que, acima de tudo, explica o autarca desta última freguesia, Vítor Tomás Ferreira, pretende dar dimensão acrescida e facilidade no acesso aos financiamentos. “E para podermos ser ‘ressarcidos’ daquilo que os outros durante anos e anos não fizeram ao Interior”, acrescenta.
Assim, já em Janeiro próximo, Santa Maria, São Pedro, Conceição e São Martinho vão sentar-se à mesma mesa e discutir a constituição de uma associação de freguesias. Partilhando da mesma sede, meios humanos e materiais, estas juntas querem agrupar-se e reivindicar uma dimensão que apesar de existir, ainda não é reconhecida. “Financeiramente, somos já uma parte importante do ‘bolo’ que os Estado nos dá”, explica Vítor Tomás Ferreira, o “pioneiro” da ideia. Ao todo, as quatro freguesias da cidade da Covilhã contabilizam cerca de 16 mil eleitores, mas recebem do Governo, no total, pouco mais de 180 mil euros. E à semelhança das competências de uma Comunidade Urbana, uma associação de freguesias tem possibilidade de conseguir mais comparticipações do que uma junta sozinha.
Mas a ideia, adianta o autarca de São Martinho, poderá extravasar o núcleo urbano e chamar à associação mais freguesias, não só do concelho da Covilhã, como de outros vizinhos. E quem sabe do distrito da Guarda. “A ideia é congregar o máximo de autarcas possível, porque toda a gente já percebeu que o dinheiro numa junta é melhor gasto do que numa câmara, direcção regional ou na Administração Central”, argumenta Tomás Ferreira. “Queremos inverter essa política”, enfatiza. E continua: “A partir do momento em que temos a anuência do presidente da Câmara, vamos pôr em prática este projecto. É ambicioso, mas a ambição tem que fazer parte daqueles que estão à frente das Juntas”.
O autarca acredita, assim, que em Abril, Maio, a constituição de uma associação de freguesias estará já em projecto, pronto a ser submetido à apreciação do presidente da autarquia covilhanense. “E daqui, partir para a congregação daqueles que estão efectivamente interessados em que o Interior seja a grande área de desenvolvimento e atracção que queremos que seja”, sustenta Vítor Tomás Ferreira.