A Bibloiteca Central vai ser o local da reuniões
Grupos de Apoio a partir do próximo semestre
Alunos da UBI vão poder falar sobre problemas comuns

Os Grupos de Apoio para a ajuda a estudantes com eventuais problemas do foro psicológico são a mais recente criação do Centro de Promoção e Educação para a Saúde, do Departamento de Psicologia e Educação.


Por Daniel Sousa e Silva


A partir de Março, os estudantes da UBI que necessitem de falar sobre os seus problemas vão ter um espaço onde serão ouvidos. Os Grupos de Apoio do Gabinete de Intervenção Comunitária (GIC) vão estar divididos em três áreas: estudantes africanos deslocados, estudantes com dificuldades ao nível da segurança e auto-estima, e estudantes com problemáticas relacionadas com a sexualidade.
Henrique Pereira, coordenador do Centro de Promoção e Educação para a Saúde (CPES) onde se inserem os Grupos de Apoio do Gabinete de Intervenção Comunitária, garante o anonimato e a confidencialidade para todos os que desejem participar nos Grupos de Apoio. “Vai ser um espaço seguro, onde todos podem comunicar e partilhar as suas dificuldades”, afiança o coordenador.
No entanto, Henrique Pereira clarifica que “não se trata de um espaço terapêutico, mas de troca de ideias e experiências, onde os estudantes vão poder aprender a valorizarem-se mutuamente”.
As reuniões que decorrerão uma vez por semana na Biblioteca Central, “em horário pós-aulas”, vão ser moderadas por alunos da licenciatura em Psicologia. Todos moderadores foram sujeitos a “formação intensiva, segundo o modelo humanístico”, esclarece o coordenador do CPES.
Os interessados devem marcar uma entrevista confidencial, de forma a que seja possível o “delinear de um perfil psicológico”, já que “este método não é adequado para toda a gente”.

“Uma forma de abertura para a comunidade”

A ideia para a criação do Gabinete de Intervenção Comunitária, que Henrique Pereira classifica de “equipa de auto-ajuda”, surge, em 2001, “durante uma conversa numa aula com os então alunos do primeiro ano da licenciatura em Psicologia”. O docente é defensor da concepção de que “a investigação não é só recolher dados e analisá-los, mas também colocar em prática o que se estuda”.
Tudo começa com o Gabinete de Apoio ao VIH, com a deslocação a escolas de ensino básico e secundário da região, onde se procedem a sessões de esclarecimento dirigidas a alunos e professores. Passado algum tempo, “sentimos a necessidade de expandir a outras áreas”, revela o coordenador do CFES.
O projecto para constituição de grupos de apoio surgiu após um estudo de levantamento de problemas de estudantes universitários levado a cabo por Henrique Pereira. O estudo foi feito a partir de inquéritos realizados a 304 estudantes.
O grande objectivo do CPES é, nas palavras de Henrique Pereira, “cumprir trabalho no sentido da educação e promoção da saúde”.
Uma das novidades do CPES, anuncia Henrique Pereira, é a colocação de expositores no Pólo I, IV e Biblioteca Central da UBI, onde é possível “encontrar panfletos sobre determinados assuntos de cariz social, com informações úteis” para os alunos.

Para saber mais informações sobre o Centro de Promoção e Educação para a Saúde visite a página http://ubista.ubi.pt/~cpes