A Polícia Judiciária da Guarda vai ver os meios humanos reforçados
Guarda
Primeira pedra na nova sede da PJ

O secretário de Estado Adjunto da Ministra da Justiça, Mota Campos, lança a primeira pedra da nova sede da Polícia Judiciária (PJ). E anuncia o reforço de meios humanos, com 300 novos inspectores.


NC/Urbi et Orbi


O secretário de Estado Adjunto da Ministra da Justiça anunciou na passada semana, na Guarda, o reforço dos meios humanos da Polícia Judiciária (PJ) com mais 300 novos inspectores.
Mota Campos procedeu ao lançamento da primeira pedra das novas instalações da PJ nesta cidade, onde vão ser investidos dois milhões de euros, em substituição da Ministra da Justiça, Celeste Cardona, inicialmente prevista nesta cerimónia. Aquele reforço de meios humanos somam-se às 100 vagas de inspectores desbloqueadas no ano passado e a dez vagas para peritos contabilísticos e financeiros.
Mota Campos define como uma das prioridades do Ministério da Justiça "a resolução dos problemas que afectam o sistema de justiça criminal, de forma a habilitá-la a prosseguir as finalidades para que se encontra vocacionado e onde se integra necessariamente o combate contra o crime, particularmente quando assume forma organizada e carácter transnacional". Destaca também a recente adjudicação da empreitada de concepção e construção da nova sede da PJ, em Caxias, adiantando que, com esta infra-estrutura, se pretende "aumentar ainda mais o grau de eficiência da PJ".
Na cerimónia, realizada já de noite, o secretário de Estado Adjunto da Ministra da Justiça enalteceu o trabalho da PJ sobre a qual disse ter habituado "desde sempre, a uma inquestionável qualidade de acção, que a tornou numa instituição de referência em que os cidadãos acreditam e cuja presença lhes assegura maior tranquilidade e segurança e, por conseguinte, melhor qualidade de vida". Sobre a obra agora iniciada, Mota Campos afirmou que assume "grande significado naquilo que devem ser as relações institucionais", referindo-se ao facto de ser implantada numa área de três mil metros quadrados de terreno cedido pela Câmara Municipal da Guarda, que disse ter excelente relação com o Ministério da Justiça. Aludiu também à estrutura da PJ na Guarda, observando que possui apenas 17 investigadores para cobrir "uma vasta região, com a agravante de estabelecer fronteira com a vizinha Espanha, no que isso significa de dificuldades acrescidas face à maior mobilidade e relação com o território estrangeiro por parte das organizações e agentes criminosos". Apesar disso, Mota Campos evidencia os "inúmeros e relevantes êxitos" da PJ/Guarda e anuncia o reforço dos meios humanos aqui existentes.
O Director-Geral da PJ, Adelino Salvado, disse que a estrutura da PJ/Guarda é pequena mas que vai crescer dado que "está num ponto estratégico, mas também pelos interesses das populações e da segurança e face à criminalidade que hoje evoluiu de uma forma transnacional e de tal complexidade neste ponto nevrálgico e em toda a orla da nossa fronteira territorial". E anuncia que a PJ/Guarda, que actualmente possui 21 operacionais, vai ser duplicada em termos de pessoal de investigação criminal, logo que as novas instalações sejam inauguradas, dentro de dez meses.
O edifício da PJ/Guarda, cuja construção foi hoje iniciada, vai implantar-se numa área de 750 metros quadrados, desenvolvendo-se em quatro pisos e áreas técnicas (tiro, formação, de cofres, de apoio lofoscópico) e sociais (restauração, apoios de serviço) em complemento às áreas de investigação criminal. O imóvel vai ter capacidade de futura ampliação, ficando dotado de capacidade de instalação de 53 postos de trabalho e de salas especiais de apoio à acção da justiça no âmbito da investigação criminal (reconhecimento, audição, entre outros). A PJ está instalada, desde 04 de Julho de 1983, numa fracção de um bloco habitacional.