O presidente do IPG, Jorge Mendes, decidiu reabrir o processo eleitoral para o cargo de presidente da instituição
Guarda
Eleições para o IPG a 19 de Março

Depois de suspenso, o processo eleitoral para a presidência do Instituto Politécnico é retomado e o sufrágio está marcaddo para 19 de Março.


NC / Urbi et Orbi


O presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Jorge Mendes, reabriu na passada semana o processo eleitoral para aquele cargo, dois meses após o ter suspendido alegando a existência de um processo no Tribunal Administrativo de Coimbra (TAC). Esse processo é referente às eleições para a representação dos alunos na Assembleia de Representantes (AR) da Escola Superior de Educação (ESE).
Recorde-se que, às eleições, realizadas em 11 de Dezembro, apresentaram-se duas listas, uma das quais acabou por não ser aceite pela Mesa Eleitoral por alegada entrega tardia. A lista ganhadora acabou por renunciar, "ao ter-se apercebido que o presidente do IPG não iria homologar o acto, dado o recurso para o TAC da lista excluída", disse à Lusa fonte do Politécnico, instituição de Ensino Superior frequentada por cerca de quatro mil alunos.
Sentindo-se prejudicados, os componentes da lista recusada solicitaram junto do TAC a "suspensão da eficácia" da rejeição da candidatura, tendo então Jorge Mendes decidido suspender o acto eleitoral para presidente do IPG previsto para 19 de Janeiro, até que houvesse "condições para constituir a Assembleia Geral do IPG, constituída que esteja a AR da Escola Superior de Educação (ESE) e fixar novo calendário eleitoral".
Por sentença de 03 de Fevereiro, o TAC considerou que "atenta a renúncia da única lista admitida, o Director da Escola Superior de Educação da Guarda decidiu desencadear novo acto eleitoral", pelo que "deste modo, inexiste razão para o prosseguimento" dos autos.
A decisão do presidente do IPG (que terminou o mandato em 22 de Janeiro, mantendo-se em funções) em suspender o primeiro processo eleitoral, foi contestada pelo Director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), Constantino Rei, que entendeu que Jorge Mendes "cometeu um erro ao suspender o processo eleitoral, na medida em que não tendo sido homologado o processo eleitoral na ESE, se mantinham em funções os alunos do mandato anterior". Constantino Rei chegou mesmo a requerer ao presidente do IPG e com conhecimento à ministra da Ciência e Ensino Superior, a "reabertura imediata do processo eleitoral" para aquele cargo, além de contestar a decisão de Jorge Mendes em suspender as eleições previstas para 19 de Janeiro, considerando que "a Assembleia de Representantes da ESE estava constituída, estando apenas a decorrer uma eleição parcial para substituição dos representantes dos alunos".
Também o director da ESE, Joaquim Brigas, em fins de Janeiro, pediu parecer à ministra da Ciência e Ensino Superior e ao director- geral do Ensino Superior sobre "a legalidade de procedimentos" que estavam a ser seguidos no processo de eleição para Presidente do IPG, sendo de opinião que "teria sido mais correcto incluir na Assembleia os alunos empossados, por forma a salvaguardar o interesse público da escola " enquanto não ocorresse a sua substituição. Em 19 de Janeiro, a ESE remeteu ao presidente do IPG o processo eleitoral dos representantes dos alunos, realizado em 14 de Janeiro, para homologação, o que ocorreu na segunda-feira. Assim, as eleições para o cargo de presidente do IPG realizam- se a 19 de Março.