Por Daniel Sousa e Silva


Luís Correia da Silva (à direita), Artur Costa Pais (ao centro) e Carlos Pinto (à esquerda)

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Luís Correia da Silva, de visita à região a convite da Câmara da Covilhã, na passada sexta feira, 26, disse ter gostado do que viu e que a "serra da Estrela tem potencialidades para ser um destino turístico todo o ano". O secretário de Estado do Turismo inaugurou a estância de esqui, com canhões de neve artificial e um teleférico, a funcionar desde Dezembro, na Serra da Estrela.
Antes, Luís Correia da Silva foi conhecer o aldeamento de montanha que a Turistrela ali construiu, num total de 63 chalés.A Turistrela, a empresa concessionária da Serra da Estrela, a Turistrela, pretende agora implementar um sistema mecânico, uma telecabina ou teleférico, ainda apenas disponível em outdoor junto à Torre. Artur Costa Pais, administrador da Turistrela, mostrou o ante-projecto onde determinou as três zonas de onde deverão partir os meios mecânicos, todos eles em direcção à Torre: Piornos, Lagoa Comprida e Alvoco da Serra. O empresário explica que se pretende "anular definitivamente, no Inverno, a estrada de acesso à Torre a todos os veículos e transportar as pessoas por meios mecânicos numa telecabina". O equipamento custará perto de 15 milhões de euros e, segundo garante, será capaz de suportar ventos com velocidades até 100 quilómetros por hora, a uma altura de 20 metros, e transportar quatro mil pessoas por hora. Artur Costa Pais está confiante de que a telecabina é viável em termos técnicos, porque “não é novidade em zonas de montanha a nível internacional” e porque uma empresa italiana, com dois técnicos também presentes durante o dia de ontem, já o asseguraram.
"Qualquer pessoa que vá aos Alpes paga para ir ao ponto mais alto", explica, ao estimar que, com a afluência registada, e com o número de visitantes a atingir em média 15 a 20 mil visitantes ao fim-de-semana, o equipamento seria pago em 15 ou 20 anos. A fórmula seria ainda encontrada através de candidaturas disponíveis para o efeito no momento e "também com o apoio financeiro do Governo".

Obras no sanatório ainda sem data à vista

O secretário de Estado mostrou-se receptivo à ideia de remodelação do Sanatório e garantiu que vai estudar o projecto. Antes mesmo da subida à serra, nos Paços do Concelho, Carlos Pinto optou por uma intervenção reivindicativa, com a construção da pousada a instalar no grandioso e antigo edifício do Sanatório dos Ferroviários na lista das prioridades.
O edifício está votado ao abandono, com as sucessivas promessas de ser convertido numa unidade hoteleira. Agora, com projecto do arquitecto Souto Moura, a obra é da responsabilidade da ENATUR e está há já cerca de um ano há espera de ser adjudicada. Luís Correia da Silva deixou apenas a garantia de que o Governo está atento a esta questão e a estudar possíveis soluções financeiras. "Neste momento o Governo está a olhar para a possibilidade de recuperar o sanatório no sentido de poder transformar-se num alojamento turístico de qualidade", disse aos jornalistas, sem querer adiantar muito mais acerca do assunto.