Por Daniel Sousa e Silva


As muralhas estão interditas ao público por ordem da Câmara da Covilhã

As obras de recuperação das muralhas da Covilhã já têm 70 por cento de financiamento assegurado pela Acção Integrada de Base Territorial (AIBT) da Serra da Estrela. A aprovação da medida deu-se na passada quinta feira, 1.
A empreitada está orçada pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) em 797 mil euros. A decisão foi tomada durante a reunião da Unidade de Gestão da AIBT que aprovou ainda o estudo urbanístico da segunda fase das infraestruturas das Penhas da Saúde (157 mil euros), a recuperação da via de acesso ao Poço do Inferno (106 mil euros) e a Rampa Serra da Estrela (56 mil euros). Com os quatro projecto aprovados, num valor superior a um milhão e 100 mil euros, à AIBT Serra da Estrela estão comprometidos 95 por cento dos 33 milhões de euros de que a acção dispunha até ao fim do 3º Quadro Comunitário de Apoio. “Restam-nos menos de dois milhões de euros para apoiar projectos de investimento público até 2006”, contou o coordenador da AIBT, Lemos dos Santos lamentando a ausência de reprogramação financeira que deveria estar concluída no final de Março. “Ainda não temos a proposta definitiva do reforço de verbas”, acrescentou , destacando que a verba disponível para os projectos de investimento público “já estão comprometidas”, embora os projectos ainda não tenham entrado. São os casos da muralha norte da Guarda, e as requalificação e recuperação urbana em Gouveia.
Desde o aparecimento, em 2000, o programa tem parados mais de dois milhões de euros para apoio a investimentos privados. Direccionado para projectos a desenvolver em aldeias de montanha, o financiamento está parado porque “aguardamos há meses a alteração do regulamento dos apoios a conceder”, concluiu Lemos dos Santos.
“As obras podem começar mas estarão a cargo da DGEMN”, afirmou Carlos Pinto, edil covilhanense. A primeira derrocada da muralha ocorreu em 1999 e a segunda em 2001. Em ambos os casos não se registaram quaisquer vítimas. Contudo, nos últimos meses a circulação pedonal naquela área tem estado interdita por decisão da autarquia.