NC / Urbi et Orbi


A obra de recuperação do Solar dos Póvoas, no centro da cidade da Guarda, onde irá ficar instaldao o futuro Cybercentro da cidade, está parada. E na origem do problema parecem estar as alegadas dificuldades financeiras porque passa a empresa à qual tinha sido adjudicada a obra.
Anunciado em Setembro de 1999, o futuro Cybercentro deveria abrir dois anos depois, mas ainda não se sabe quando é que aquele espaço, virado para a formação na área das novas tecnologias, poderá ficar concluído. Cerca de um mês depois de terem recomeçado as obras, a firma responsável, de Lamego, desmontou o estaleiro sem previamente informar a autarquia. Segundo Álvaro Guerreiro, vice-presidente da autarquia, não há grande surpresa na notícia, já que um dos representantes da empresa já tinha informado o executivo municipal da "situação delicada" em que se encontrava a firma. "Embora esteja em Processo Especial de Recuperação de Empresas, foi-nos dada a garantia de que iam ver se podiam fazer a obra", adianta Álvaro Guerreiro. Pelo que "permanece o compromisso" e, caso haja desistência, a autarquia poderá accionar as cláusulas de rescisão.
O Cybercentro foi anunciado em Setembro de 1999, altura em que o então secretário de Estado da Juventude, Miguel Fontes, assinou na Guarda um protocolo com a Câmara para a sua criação, tendo ficado definido um prazo de 15 meses para a sua conclusão. O espaço, que visa facilitar o acesso dos jovens às novas tecnologias da informação, deveria abrir em Setembro de 2002. Só que, a empresa a quem foi adjudicada a obra, abandonou os trabalhos a meio por causa de problemas internos que acabaram por levar à sua falência. A Câmara teve então de abrir um novo concurso público para a conclusão dos trabalhos. Surgiram dois concorrentes, mas, como as propostas apresentadas não satisfaziam as exigências do caderno de encargos, a autarquia não teve outra solução senão abrir um terceiro concurso. A proposta da firma de Lamego viria a ser considerada como a mais vantajosa, comprometendo-se a concluir os trabalhos no prazo de 180 dias pelo preço de 351 mil e 500 euros, menos 100 mil euros do que o que estava orçamentado no Plano de Actividades da Câmara da Guarda.
Por deliberação de 29 de Outubro do ano passado, a autarquia adjudicou então a obra de Reabilitação do edifício do Solar dos Póvoas - Cibercentro - à empresa de Lamego. O contrato foi assinado em Janeiro e, dois meses depois, num sábado de manhã, foi montado o estaleiro junto ao edifício. Que agora volta a ser desmontado.