Actores em cena trágico-cómica da peça "D. Quixote Revisitado"
IX Mostra Internacional de Teatro Universitário
TeatrUBI arrecada “menção honrosa” em Espanha

“Mención Especial a D. Quixote Revisitado de TeatrUBI, Covillá, Portugal, pola súa acertada funsión do mito e a realidade e polo grande xogo audiovisual.” Foram estas as palavras proferidas pelo júri aquando da entrega dos prémios do festival.


Por Rui Pires


O Grupo de Teatro da Universidade da Beira Interior – TeatrUBI, acaba de ser distinguido no certame de teatro universitário mais importante da Península Ibérica. O júri do festival, atribuiu, no passado dia 2 de Maio, à peça “D. Quixote Revisitado” uma “Mención Especial”. Recorde-se que este espectáculo está baseado na obra “Vida do grande D. Quixote de La Mancha e do gordo Sancho Pança” escrita em 1773 por António José da Silva.
O trabalho de encenação ficou a cargo do actor profissional Viriato Morais, que trabalhou com o grupo da UBI desde o início do ano lectivo. Numa primeira fase, deu-se privilégio aos jogos teatrais e exercícios básicos de representação, para, numa fase posterior, se passar ao trabalho de encenação daquela que viria a ser “uma espécie de visita guiada a um museu de Arte Barroca pelos olhos do século XXI”, classificação atribuída por Viriato Morais.
Esta distinção agora conseguida junta-se a uma outra já alcançada pelo TeatrUBI no mesmo festival. Decorria o ano de 1999, renascia então o grupo da UBI que nesse ano alcançou o galardão máximo do festival, o prémio do júri, com o espectáculo “Cada dia sou o mesmo, Cada dia alguém diferente”. Dessa época ficaram as memórias dos actores e do encenador, que na época era Marco Ferreira. Tanto em 1999, como agora, em 2004, ninguém esperava ganhar nada, porque “ o objectivo não é ganhar, mas sim participar e mostrar o trabalho que se faz ao longo de um ano, com muita garra e determinação, diz Sérgio Novo, actualmente o elemento mais antigo do grupo. Também Nathali Naveda, que se estreou este ano nestas andanças não escondia o seu contentamento ao saber desta distinção. “É muito bom ver que o nosso trabalho é reconhecido, só é pena que esse reconhecimento só venha de fora. Mas mais do que o prémio, o que importa é o amor com que nos dedicamos ao TeatrUBI e uns aos outros, é isso que fica mais do que qualquer outra coisa,” desabafa, enquanto uma lágrima se lhe escapa pelo canto do olho.