Por Andreia Ferreira



Pessoas ligadas à indústria dos lanifícios prestaram testemunhos

O Anfiteatro da Parada abriu as portas no dia 18 de Maio para ouvir os testemunhos de vida de empresários, técnicos e operários têxteis covilhanenses.
A iniciativa, inserida nas comemorações do Dia Internacional dos Museus, pretendeu contribuir para a salvaguarda das memórias dos trabalhadores fabris. Como mote para as actividades estava o tema "Museus e Património Imaterial".
Nesse sentido, a Directora do Museu de Lanifícios, Elisa Pinheiro, convidou "alguns amigos do Museu para dar a conhecer uma indústria que foi o arranque do desenvolvimento da Covilhã".
Os alunos do segundo e terceiro ciclo de algumas escolas da região ouviram com atenção as histórias de Manuel Mesquita Nunes, Luzia Mendes, João dos Santos Pina e Campos Costa. Os testemunhos de Luzia Mendes e João dos Santos Pina foram os que mais captaram as atenções dos jovens. Luzia Mendes contou histórias do seu tempo de urdideira e de como começou a trabalhar com 14 anos. João dos Santos Pina trabalhou como técnico a nível de ultimação. Era um trabalho bastante duro mas que lhe permitiu tirar uma lição, passada neste dia aos mais jovens: "As facilidades não conduzem a nada".
Inserido no programa de actividades esteve também a apresentação pública da nova Página Web do Museu de Lanifícios, a inauguração da exposição de fotografias "Memórias do Trabalho Fabril" e a mostra de peças artesanais em madeira, criadas a partir de acessórios da indústria de lanifícios.
Contente com o interesse dos jovens, a Directora Elisa Pinheiro considerou que "foi cumprido o objectivo de celebrar o património imaterial" porque "mais importante do que as máquinas, são os Homens e as suas memórias".
Ao longo do dia a entrada no Museu foi gratuita.