Susana Garrido Azevedo pretende continuar a investigação
Doutoramento em Gestão
Práticas influenciam desempenho logístico empresarial

Susana Maria Palavra Garrido Azevedo defendeu uma tese de doutoramento em que se mostra o impacto das práticas no desempenho logístico nas empresas industrias nacionais.


Por Daniel Sousa e Silva


“Tentei descobrir quais as práticas utilizadas pelas empresas, se existia uma uniformidade na aplicação dessas práticas e, por fim, relacionar essas actividades desenvolvidas com o desempenho das empresas”. Susana Garrido Azevedo, a mais recente doutorada em Gestão pela Universidade da Beira Interior (UBI), explica desta forma o objectivo da tese ”A Logística nas Empresas Industriais Portuguesas: Prática e Desempenho”, defendida na passada quarta feira, 23.
As conclusões a que Susana Garrido Azevedo chega são várias: existem algumas práticas que são mais utilizadas pelas empresas, a utilização dessas práticas varia consoante o sector, a dimensão e a sua localização em termos de distritos (litoral, interior ou ilhas). Outra conclusão alcançada é o facto de certas práticas influenciarem bastante o desempenho logístico das empresas.
“No que respeita ao controlo de custos, uma prática que poderá ter importância é o racionamento de transportes e controlo de rotas, no que toca à qualidade é o manuseamento e a movimentação de materiais”, menciona Susana Garrido Azevedo para exemplificar áreas que podem fazer a diferença no desempenho logístico empresarial.
A docente da UBI utilizou como universo base do seu estudo 1165 empresas de todo o País e de diferentes áreas de actividade, “porque o objectivo foi incluir todos os sectores de actividade”, justificou, referindo que “desse total foram feitos questionários a 102, sendo essa a minha amostra final”.

Avançar com a investigação

Para o futuro, Susana Garrido Azevedo promete continuar a investigação neste campo. “Penso que seria interessante analisar casos de estudos [de desempenho logístico] de Portugal e estabelecer comparações com casos de estudo de outros países da União Europeia, nomeadamente Espanha. Assim conseguiríamos uma análise comparativa muito mais viável”, adianta.
Os arguentes da prova foram José Luís Mexia Fráusto Crespo de Carvalho, professor catedrático do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, e Alberto Augusto Ferreira Pereira, professor associado do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. O restante júri foi composto por Josep Lluis Martinez Parra, professor titular da Faculdad C.C. Económiques i Empresarials de la Universidad Autónoma de Barcelona, Mário Lino Barata Raposo, professor catedrático da Universidade da Beira Interior, Luís António Nunes Lourenço, professor associado da Universidade da Beira Interior, Alcibíades Paulo Soares Guedes, professor auxiliar da Universidade do Porto, Helena Arimateia de Campos Machado, professora auxiliar da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, e Zélia Maria da Silva Serrasqueiro, professora auxiliar da Universidade da Beira Interior.