Por Eduardo Alves


Doze habitações construídas num bairro carenciado e com necessidades sociais

Temperatura e alegria a baterem índices nunca antes registados por aquelas paragens. O passado sábado foi diferente de todos os outros, no Bairro do Património, na Covilhã. Doze famílias receberam as chaves de habitações camarárias com rendas a baixo custo.
Na cerimónia de entrega, Carlos Pinto, presidente da edilidade, voltou a lembrar “a atenção especial que este executivo tem dado à política de habitação social”. Nas contas do autarca, a promessa eleitoral de 1997, que consistia na entrega de 600 fogos de habitação social, “está prestes a ser cumprida”. Pinto adiantou que a situação dos 148 fogos no Tortosendo “está resolvida” e, dentro em breve, “as casas vão ser entregues a quem precisa”. Com esse acto, “assinala-se o investimento camarário de seis milhões de contos”, verbas destinadas, segundo o edil, à habitação social.
As 12 habitações entregues no sábado passado, “têm um significado muito especial para esta gente”, afiança o autarca covilhanense. Há 14 anos, um violento incêndio queimou algumas habitações, deixando desalojadas, várias famílias. Este e outros infortúnios tem assolado o Bairro da Biquinha, onde também se encontra o do Património. Estruturas sociais que vão sendo alvo de melhoramentos.

Apoio social ainda por concretizar

Questionado sobre a deslocação de estruturas sociais para estes bairros, o autarca social-democrata, Carlos Pinto, nada adiantou sobre instalações desta natureza. O elevado número de habitações sociais em zonas onde não existem espaços verdes, parques infantis ou gabinetes de apoio social, “é uma matéria sempre em estudo”, no executivo camarário.
Para já, o presidente da autarquia não prevê a instalação deste tipo de estruturas em nenhum dos bairros. Quanto aos espaços verdes, Pinto recorda que a câmara está a fazer um “investimento significativo” no Jardim do Lago e no lançamento do concurso do Jardim da Goldra, junto à UBI.