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A abandonada estação da Fatela ressurge como um "centro artístico"

A estação ferroviária da Fatela acolhe desde a passada semana o campo de trabalho "Os Caminhos da Memória". Esta iniciativa culmina hoje com a apresentação performativa de todas as obras executadas pelos participantes num festival denominado, "Paralelo 40º N”.
Esta acção de formação está integrada na programação do festival e é essencialmente prática. Tem por base um processo criativo baseado na memória individual e tem como objectivo sensibilizar, despertar, e explorar as potencialidades criativas dos participantes no workshop na área das artes performativas. Fotografia, vídeo-arte, vídeo-música, escultura e literatura de viagem são algumas delas.
Para a autarquia, promotora do projecto, as actividades em torno deste apeadeiro são "um ponto de partida para um festival multidisciplinar que procura abrir portas para o mundo".
O evento vai ser levado a cabo pelo ACTO - Instituto de Arte Dramática e, segundo a Câmara Municipal do Fundão, é o embrião do projecto de descentralização cultural do concelho e que visa transformar as estações ferroviárias abandonadas em centros culturais. As linhas ferroviárias, que no passado serviam basicamente para transportar pessoas e mercadorias, pretende-se agora que venham a ser aproveitadas, com a transformação das estações encerradas em pólos culturais, para levar a cultura às várias localidades do concelho.
A organização realça ainda que a principal característica do evento é que todas as produções a ser apresentadas, nas diversas áreas artísticas, são criadas especialmente para o local.