Por Eduardo Alves


A passagem do secretário de Estado pelo município da Covilhã foi breve

O Dia 16 de Setembro de 2004 fica marcado para o Governo social-democrata. Uma velha tradição herdada de outras equipas governamentais caiu por terra quando, nem o primeiro-ministro Santana Lopes, nem Maria do Carmo Seabra, ministra da Educação, assinalaram o começo do ano lectivo. Uma “honra” que coube aos secretários de Estado. José Portocarrerro Canavarro, secretário de estado adjunto e da Educação veio á Covilhã inaugurar uma escola na Barroca Grande e visitar as obras de uma outra no bairro de Santo António.
Durante a manhã, o representante do Governo passou ligeiro pelas salas de aula das duas instituições, que “espelham o esforço do Governo central no ensino”. Portocarrerro Canavarro ouviu bombos, cantares tradicionais e até um coro infantil. Agradeceu o gesto, sublinhou o esforço de pais e professores perante um arranque de ano “complicado” e desejou a todos um “bom trabalho”. O secretário de Estado salienta que o ano escolar “não tem necessariamente de começar quando o ministério o define”. Este ano, as datas previstas estão marcadas entre 16 e 23 de Setembro.





Balanço positivo

Apesar de visitar apenas duas escolas de entre as 30 do município covilhanense, o secretário de Estado reiterou todo o apoio à autarquia. Esquecido o relatório do ministério da Segurança Social, que aponta falhas graves de segurança nos edifícios escolares, o representante do Governo aponta só os exemplos das escolas visitadas. Quanto ao balanço do começo de ano, classifica-o como “positivo”. José Portocarrerro Canavarro assume que houve um atraso na colocação dos professores. Mas é sobre esse mesmo assunto que a ministra “está a trabalhar”. O motivo da falta de Maria do Carmo Seabra fica assim esclarecido diz o responsável.

Apreciação dos sindicatos

Confrontado com as acusações feitas pelos sindicatos dos professores, o representante do Ministério da Educação diz que “as apreciações são feitas por quem entende”. Isto porque “os sindicatos ou aqueles que querem ver as escolas a funcionar, estão com o ministério”.
As listas que saíram até agora “apresentavam, alguns erros e falhas”. Daí que as listas definitivas - que foram tornadas públicas ontem – “são definitivas e correctas”. Na política do actual ministério “as escolas vão ter a independência para abrir quando entenderem”. Isto porque, para os responsáveis da pasta, são os pais e os professores que fazem os seus planos de actividades.