Na rota dos palmais




 


 

 

 


 


Marraquexe




Por Mónica Domingos

Situada no centro de Marrocos, pertencente ao estado de Magrebe, esta cidade é possuidora de uma decoração admirável, estando construída a 460 metros de altitude, no coração de vastos palmais.
Com o seu recinto cercado por muralhas, a ligação entre as planícies oceânicas e a impressionante cordilheira do Atlas, faz desta uma das mais belas cidades do Magrebe.
Fundada em 1062 pelos Almorávidas, tornou-se a capital do império que se estendia de Tríapoli a Castela, por volta de 1147, que mais tarde viria a ser substituída por Fez, como capital do império.
A arquitectura e a arte hispano-árabe, ambas compostas por linhas sóbrias e motivos religiosos, assim como pelo refinamento da arte marinida, contribuem em grande parte para o encanto de Marraquexe, assim como as suas ruas estreitas em forma de labirinto que fazem desta cidade um mundo misterioso e ao mesmo tempo atraente, para o qual contribuem também os encantadores de serpentes.
De visita obrigatória é a Praça Jemaa el Fena, onde tudo acontece, já que é ali que se encontra todo o tipo de artesanato local, desde os tapetes de lã às peles e objectos de madeira. O depósito de água de Menara é outro dos locais a não perder.
Ainda como lugares de interesse destacam-se o minarete da mesquita de Kutubiyya, a Medina, a praça Djemaa el-Fna, as tumbas dos Saadiis, o museu Dar Si Said, e os vários palácios como o da Baía e el-Badi e os múltiplos jardins, ambos de influência andaluza.
A sua vida cultural é marcada por numerosas manifestações, entre as quais se destaca o festival nacional de folclore muito apreciado pelos amantes de músicas, cantos e danças.
Ao contrário do que acontece em outras grandes cidades marroquinas, os habitantes de Marraquexe, antiga capital de um império, conservam ainda um modo de vida tradicional.