O fim-de-semana não podia ter corrido melhor para as equipas da Beira Interior ainda a disputar a Taça de Portugal. Sporting da Covilhã, Benfica e Castelo Branco e Idanhense, do distrito albicastrense, e Souropires, da Guarda, seguiram em frente na prova depois de ultrapassarem com mais ou menos dificuldades os respectivos adversários.
Em Nelas, o Sporting da Covilhã não teve as facilidades que esperava mas acabou por derrotar o clube da casa. Depois de uma primeira parte dominada pelos serranos, mas estéril em situações de golo, os forasteiros acabariam por mostrar mais eficácia no segundo tempo. Logo aos 51 minutos, Tarantini abre o marcador na recarga a um remate de Káká que o guardião Manuel Fernandes não segurou.
O Nelas, que até aí pouco ou nada tinha feito, tenta reagir ao golo e, em menos de cinco minutos anula a vantagem dos covilhanenses. Nogueira, de cabeça, dá o melhor seguimento a um cruzamento de Alex e bate Luís Miguel pela única vez na tarde.
Mas o domínio era dos serranos que voltavam à carga à procura do golo da vitória. O tento acabaria por surgir aos 72 minutos pelos pés de Káká, que está envolvido nos dois golos da sua equipa. O médio recebe de Oliveira à entrada da área e, à meia volta, desfere um remate indefensável que acaba por dar a vitória aos leões.

Em Castelo Branco, o Benfica local recebeu o Social Lamas, que havia eliminado o Oleiros na anterior eliminatória, e goleou o conjunto da III Divisão com quatro golos sem resposta. Depois de muito ameaçar, o Benfica abriu as hostilidades aos 20 minutos de jogo com um golo de Filipe Avelar. E nem foi preciso esperar muito para que as bancadas se voltassem a erguer para festejar. Logo no minuto seguinte João Roque assinala grande penalidade contra os visitantes e Ricardo António, cobrador de serviço, não desperdiça. Com uma margem de manobra de dois golos, o Benfica tira o pé, embora nunca perca o sentido do jogo.
Na segunda metade os forasteiros ainda dão um ar de sua graça com um remate a ameaçar a soberania de Soares na área encarnada, mas foi sol de pouca dura. O Benfica volta a pegar no jogo e, pouco depois, amplia a vantagem com um golo de Vasco. Estavam decorridos 60 minutos e o Social Lamas perdia qualquer esperança que ainda tivesse de dar a volta ao resultado. Já em cima do apito final, e numa altura em que já tudo estava decidido, os albicastrenses estabelecem o resultado final com um golo de Daniel Fernandes.

A jogar em casa, o Idanhense não ganhou para o susto. A formação raiana recebia a turma do Monsanto e, nos minutos iniciais já perdia por 0-1 frente aos seus próprios adeptos. João Magalhães, dos visitantes abria o marcador aos 10 minutos. Ainda antes do intervalo, aos 33 minutos, Gil reequilibrava o marcador e dava o mote para o Idanhense pegar no jogo. Mas só na segunda metade os raianos conseguiriam assegurar a passagem à III Eliminatória da Taça de Portugal, com um golo de Gílson, perto dos 80 minutos.
No distrito da Guarda, o Souropires também assegurou a passagem à fase seguinte, ajudando a aumentar o contingente de equipas beirãs. Os guardenses venceram por 2-1 a turma do Valecambrense e batem um recorde muito pessoal: nunca este conjunto beirão tinha chegado tão longe na Taça.
A III eliminatória da prova disputa-se no dia 5 de Outubro, terça-feira, três dias depois do derby distrital entre o Benfica Castelo Branco e o Sporting da Covilhã no Vale do Romeiro.