Por Eduardo Alves


Um novo jardim vai nascer no Bairro do Rodrigo, junto aos caminhos-de-ferro

O fumo da caruma queimada deu uma entrada “cénica” de Carlos Pinto no Bairro do Rodrigo. A tarde de sábado, 16, prometia, com o sol a despontar, depois de uma manhã nublada e o autarca também prometeu mais algumas coisas. Assadas as castanhas, acompanhadas por costeletas e entrecosto, assinado o papiro que haveria de ser “sepultado” no fundo do Rodrigo, Pinto lança a primeira pedra da futura sede do Centro Cultural e Desportivo do Rodrigo. Num terreno “abandonado e desaproveitado” vai nascer mais uma obra do Polis. Uma das últimas planeadas para a cidade serrana. Entre a urbanização que ladeia a rua Mateus Fernandes e a linha dos caminhos-de-ferro, a Câmara da Covilhã prevê edificar uma zona pedestre com espaços verdes e uma avenida de ligação ao bairro.
Outra das intervenções pensadas para aquela zona é a nova sede social do GIR do Rodrigo. O clube de bairro, um dos mais carismáticos da cidade, vai ganhar casa nova pelo seu 52.º aniversário. A estrutura “que vai nascer da recuperação de uma antiga casa de quinta”, proporcionará aos associados, “melhores condições do que a actual sede”, adianta Pinto. Numa tarde marcada também por recados dirigidos à oposição, mais precisamente à câmara do socialista Jorge Pombo, o actual autarca referiu que “este trabalho afronta muitos que diziam fazer alguma coisa pelo associativismo”. Segundo o edil, “são obras como esta, que se podem ver no terreno”, que devem ser feitas e reivindicadas. A empreitada recorre a fundos do Programa Operacional do Centro, através do Eixo II. Os fundos comunitários vão assim custear 75 por cento do Jardim do Rodrigo, intervenção orçada em 897 mil 254 euros.




Inauguração de escola em Santo António

Dos 32 estabelecimentos de ensino da Covilhã, a escola de Santo António é a mais visitada este ano. Depois da polémica suscitada por um relatório do Ministério da Segurança Social, onde eram apontadas falhas nos equipamentos escolares, na profissionalização do pessoal auxiliar e até nas refeições fornecidas aos alunos, a escola de Santo António, que sofreu obras recentemente, foi escolhida pela Câmara da Covilhã, como modelo a seguir.
Aquando da polémica abertura do ano escolar, a 16 de Setembro passado, José Portocarrerro Canavarro, secretário de Estado da educação deslocou-se ao concelho e visitou esta infra-estrutura, no bairro covilhanense. Um mês passado, e foi a vez de Carlos Pinto se deslocar à dita escola “para a sua inauguração oficial”. Os pequenos alunos voltaram a receber a comitiva de políticos com cânticos e com o hino do bairro, tendo desta vez mais alguma atenção por parte dos autarcas.
Pais, professores e diversos agentes educativos e sociais sublinharam a importância das melhorias feitas na escola. O antigo edifício, “sem as mínimas condições”, deu lugar a uma nova estrutura que dá outra ideia “do que é um estabelecimento escolar”, refere Maria Lúcio, directora e coordenadora da escola. Depois de “um ano em instalações provisórias”, esta responsável diz que a espera “valeu a pena”. Aproveitando o discurso e o novo edifício, Pinto prometeu também mais ajudas para o clube de Santo António. A colectividade sedeada neste bairro da cidade serrana vai receber ajudas para as suas actividades.