Por Ana Gouveia


Este evento foi organizado pelo núcleo dos Antigos Combatentes da Covilhã

Por iniciativa de João Azevedo, Presidente do Núcleo da Liga dos Combatentes, realizou-se a X Feira de Trocas na Covilhã, em nome do coleccionismo. Os objectos encontrados neste evento são muito diversificados. Desde postais, chávenas, carros em miniatura, selos, sacos de açúcar, livros, canetas e as famosas notas e moedas, são vários os objectos procurados por todos.
Para os coleccionadores este tipo de acontecimentos é muito esperado, não só pela troca dos seus tesouros e antiguidades, mas principalmente pelo convívio que existe entre todos. Estes aficionados percorrem o país neste tipo de feiras e apesar das idades já avançadas dizem “é este desporto que nos mantêm vivos”.
Entre várias trocas e histórias curiosas de objectos passaram-se de uma forma agradável as primeiras horas. Deste modo, por volta das 13h o grupo de amigos descolou-se até ao Restaurante Montiel, onde teve lugar o almoço. Mais tarde, cerca das 15h o encontro retomou o seu rumo e terminou pelas 17h15, mais cedo do que foi mencionado. Isto porque a maioria dos participantes são deslocados.
O objectivo destas feiras de trocas é dar a conhecer às colectividades a arte de coleccionar, de modo a atrair cada vez mais associados. Segundo João Azevedo, esta feira está a crescer a cada ano que passa, reunindo todos os anos “caras novas, dispostas a partilhar as suas antiguidades”. Para além da divulgação desta Feira entre coleccionadores, a divulgação feita à comunidade deu este ano muitos frutos, na medida em que vários visitantes curiosos descobriam a beleza da arte de coleccionar.
Apesar do nome “Feira de Trocas”, nem todos os objectos expostos são trocados. Este tipo de feiras começou no país à 20 anos, com o lema: “Nada se compra, nada se vende, tudo se troca”. Esta ideia teve que ser ultrapassada, pois “era muito difícil trocar antiguidades com o mesmo valor”, diz Laurindo Braga.
Os coleccionadores procuram neste tipo de eventos um significado para a valorização que é feita aos mais variados objectos. Trocam impressões, falando do motivo das suas colecções e dos anos que já as acompanharam. António Santos é considerado por todos o “maior” coleccionador de chávenas de café, 2500 chávenas. Esta vocação, para o coleccionismo de chávenas, está relacionada com a sua actividade profissional.
Alguns participantes, para além de frequentarem este tipo de Feiras por todo o país, também fazem exposições em escolas e centros de desintoxicação, de modo a suscitarem nos jovens interesse por esta actividade.
Estas Feiras de Trocas são consideradas por todos os que abraçam a arte do coleccionismo, como “um acto cultural” e por essa razão todos os participantes esperam entusiasmados pela próxima.