Liliana Machadinha
NC / Urbi et Orbi


O posto médico era uma infra-estrututra espera há muito em Casegas

Foi inaugurado o Centro de Saúde de Casegas. Uma infra-estrutura que vem colmatar algumas falhas nesta área, visto que as consultas eram dadas na Casa do Povo, onde "chovia como na rua", afirma Maria do Céu Galante, habitante da localidade. Também a sede da Junta da Freguesia foi inaugurada, após ter sofrido obras de melhoramento.
O Centro de Saúde representa um investimento de cerca de 50 mil euros, sendo constituído por três gabinetes, médico, enfermagem e administrativo e sala de espera com aquecimento central. Melhorar a qualidade e prestação de serviços aos caseguenses são as vantagens apontadas pelo presidente de Junta de Freguesia, António Geraldes Ramos. O novo posto médico "relevante e inovador" vem "beneficiar o bem comum" desta comunidade, defende ainda o autarca local. Os habitantes de Casegas mostram-se de acordo com o seu representante. Para Maria José Ramos, 61 anos, a obra é a resposta a uma "necessidade" que descreve de "miséria", ao recordar-se da altura em que os caseguenses tinham de se dirigir à Casa do Povo para serem atendidos pelos médicos. Também Maria de Lurdes Carvalho, 69 anos, considera que o Centro de Saúde é de "máxima importância", devido às "degradadas instalações" da Casa do Povo que "precisam de reforma". Já o presidente da Administração Regional de Saúde de Castelo Branco (ARSCB), Francisco Batista, vê o novo posto como uma "mais valia" na óptica do desenvolvimento dos cuidados médicos. Existem cerca de 164 extensões de saúde no distrito, o equivalente a 50 por cento já recuperadas. "Ainda há muito trabalho a fazer", garante o presidente da ARSCB, comentando que não tem intenção de fechar nenhuma. A questão de encerrar extensões "não se coloca, mas melhorá-las com as acessibilidades e cuidados de saúde a prestar", continua ainda.
Na cerimónia foram ainda divulgadas outras obras a realizar de imediato na freguesia, como a colocação de candeeiros de iluminação pública e a recuperação do caminho agrícola até Vale do Queiró. Para o futuro, existem outros projectos para por em prática, nomeadamente a construção da Casa Museu, a ampliação do cemitério, o alargamento de diversas ruas e a requalificação da estrada Casegas-Paul.

Novo reservatório de água é o "maior da região"

Situado na Quinta do Bilhar, o recente reservatório de água comporta um total de cerca de dois mil e 500 litros, sendo o "maior da região", sustenta Carlos Pinto. Com um investimento de aproximadamente 436 mil euros e funciona em três níveis diferentes e independentes. O primeiro tem capacidade para 875 metros cúbicos de água e abastece a zona inferior do Refúgio, Ferro, Peraboa e Castanheiras. O nível intermédio suporta a mesma quantidade de líquido e servirá a zona do eixo TCT e Avenida da Anil. Já a terceira célula autónoma está capacitada para 750 metros cúbicos e destina-se a regar os espaços verdes na Covilhã. Este é um projecto integrado no programa de investimentos dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Covilhã (SMAS) e pretende ser de "requinte tecnológico", segundo o edil. Actualmente os SMAS exploram cerca de oito dezenas de reservatórios com uma capacidade de armazenamento de aproximadamente 25 mil metros cúbicos. Em construção e renovação estão mais 17. Barco, Canhoso, Cantar Galo e Varanda dos Carquejais receberão um cada, enquanto que as Penhas da Saúde terá dois e Tortosendo contará com três. Já para servir os habitantes da Covilhã estão em construção mais oito reservatórios. Estes investimentos têm um orçamento total de cerca de dois milhões e meio de euros. Acerca do projecto para a nova barragem das Penhas da Saúde, Carlos Pinto garantiu ter o aval "iminente" do Governo. E adiantou ainda que o motivo do atrasado de todo o processo se deveu a questões burocráticas "terríveis" e nunca devido a problemas financeiros. Por decidir está ainda o parceiro da Câmara nesta construção, que segundo o autarca poderá ser o Estado ou uma aliança entre a edilidade e entidades privadas.