Por Eduardo Alves


Maioria social-democrata aporvou o Orçamento para 2005 da Câmara da Covilhã

Está aprovado o Orçamento de 2005. O documento aponta para “o maior volume de obras jamais feitas no concelho”, segundo Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã (CMC), mas não dá tanta confiança à oposição.
Na discussão do orçamento, logo o primeiro de dez pontos que compunham a agenda de trabalhos, a oposição votou contra. As contas de 2005 ficaram assim aprovadas pelos votos da maioria social-democrata. Mas a confusão instalou-se com a discussão e votação da proposta que prevê a passagem das rendas da Habitação Social para um consórcio financeiro formado por três entidades bancárias. A CMC vai receber, de uma só vez, 5 mil 792 milhões de euros. Um valor que para Pinto “é essencial”. Na óptica do social-democrata, “este tipo de financiamento vai ajudar a recuperar todo o centro histórico do concelho”.
Já a oposição vê esta medida “como uma mera jogada política, visto aproximarem-se as eleições”. Numa reunião onde se discutiram vários assuntos, os deputados na oposição não gostaram de saber que esta medida das rendas vai deixar o município “sem verbas” por um período não inferior a 25 anos.
O orçamento votado com o qual se pretende reger as contas de 2005 também “está baseado num exercício financeiro pouco saudável”, recorda Artur Meireles, do Partido Socialista. Segundo esta força política da oposição, para que este orçamento tenha viabilidade, “a câmara tem que vender metade do seu património”. Foi no meio de contas, de protestos e de obras feitas e por fazer que os representantes das forças políticas do concelho acabaram o ano civil. Um ano “muito fraco” no entender da oposição, mas “bastante rentável”, na óptica do actual executivo camarário.