Uma das principais preocupações desta secção prende-se com a acção social
Secção de acção social da AAUBI
Ao lado dos alunos na luta por melhores condições

Embora seja pouco divulgada, a secção de acção social contribui para a conquista de melhores condições para os alunos ubianos. A lutar pela melhoria da qualidade das cantinas e residências e pela celeridade nos processos das bolsas, Carlos Pinto, responsável por esta secção, vê algumas vezes o seu esforço reconhecido.


Por Andreia C. Ferreira


Apesar de passar quase despercebido à maioria dos alunos da Universidade da Beira Interior (UBI), a associação académica possui diversas secções que apoiam os diferentes sectores da vida universitária. Desde a política educativa até à pedagogia, passando pelo desporto e pela acção social, diversas são as áreas que preocupam os responsáveis. O objectivo é estabelecer a ponte entre os alunos e as instituições e, ao mesmo tempo, fazer com que os problemas sejam detectados mais facilmente e tenham soluções mais rápidas.
No caso da secção da acção social, existe um conselho que se reúne bimestralmente. O presidente da associação académica, Nuno Costa, e o responsável pela secção, Carlos Pinto, - agora demicionários - levam até ao reitor e à administração dos serviços de acção social da UBI (SASUBI), as situações que acham fundamentais. Considerada uma das áreas mais importantes, esta secção tem em vista as condições pragmáticas da vida quotidiana dos ubianos, nomeadamente no que toca a residências, cantinas e bolsas. “Os objectivos desta secção são sempre fazer mais e melhor”, afirma o responsável. Sendo também aluno bolseiro, sabe melhor do que ninguém as dificuldades vividas por certos alunos Uma condição que pesou na sua escolha para este cargo.


As bolsas são apoios prioritários

As bolsas são uma prioridade para esta secção, nomeadamente a celeridade do seu processo. Um dos projectos em curso - e que agora ficou sem efeito, devido à demissão da equipa directiva - tem como objectivo, precisamente, a entrega atempada das bolsas. Segundo os responsáveis, que agora se limitam à gestão da AAUBI, "esta medida iria evitar um esforço financeiro extra por parte dos pais dos alunos no início do ano lectivo". Carlos Pinto lembra ainda que “quem pediu bolsa, paga duas prestações das propinas antes de saírem as listas definitivas dos alunos bolseiros, é exactamente isto que queremos evitar”. Ao mesmo tempo, o responsável pela secção de acção social admite que não é fácil querer que as burocracias deixem de o ser. No entanto, propõe que o processo seja todo mais rápido, começando, por exemplo, pela entrega das candidaturas.
Quando confrontado com as queixas dos alunos relativamente a certas injustiças verificadas na atribuição das bolsas, Carlos Pinto apenas diz que não é à associação académica que compete a fiscalização do processo. “Existem regras específicas para a atribuição ou não da bolsa e acreditamos que essas regras são respeitadas”, afirma. O mesmo se passa com as queixas generalizadas sobre o preço das residências: “se os alunos bolseiros fizerem bem as contas, não têm razão nesse aspecto, pois acabam por estar nas residências a custo zero”.
Além dos preços, os alunos têm posto a Carlos Pinto vários problemas relacionados com as residências, nomeadamente com a nova residência Pedro Álvares Cabral. Alguns, segundo o responsável, são simples e relativamente fáceis de resolver, mas também existem algumas situações graves. Uma das primeiras medidas tomadas foi fazer uma vistoria ao edifício. Como consequência, foram detectadas algumas falhas de ordem estrutural, funcional e de segurança, nomeadamente um corrimão mal colocado, portas de emergência trancadas a cadeado, quartos muito perto das cozinhas e a existência de apenas uma sala de convívio com uma televisão para toda a gente. Como diz Carlos Pinto, “se o número de alunos aumentar nas residências, deixam de existir as condições mínimas de uma boa qualidade de vida”. Os problemas foram reencaminhados para a administração dos serviços de acção social da UBI para que sejam resolvidos rapidamente.



Refeições têm de melhorar

As cantinas são também uma das preocupações da secção de acção social da AAUBI. “Temos consciência que as nossas cantinas não são das melhores se compararmos com algumas que existem noutras universidades do País”, admite Carlos Pinto. Para tentar melhorar a qualidade, entregou-se o serviço da cantina da Boavista a uma empresa privada, mas, como se veio a verificar, "a qualidade não aumentou, mas os preços sim, o que provocou uma onda de queixas por parte dos alunos", sublinha este elemento da associação académica. Este problema está a ser seguido de perto, tanto por parte da AAUBI, como por parte dos SASUBI. Em parceria, está em curso um projecto que tem como objectivo melhorar a relação qualidade/preço das refeições. A ideia é que a cantina da Boavista passe a funcionar como cantina central e faça a distribuição para as outras cantinas.
Apesar de, no Conselho de Acção Social, o voto do reitor ser maioritário, Carlos Pinto acredita que existe bom senso e ambas as partes chegam facilmente a acordo. O responsável lembra que se encontram sempre disponíveis para ouvir as sugestões e queixas dos alunos, pois é o bem-estar deles e da comunidade universitária em geral que os preocupa acima de tudo.