Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi



Uma partida que teve como objectivo a despedida da equipa leonina, do jovem Nuno Coelho

O resultado não era o mais importante, é certo, mas esperava-se um espectáculo melhor. No último domingo, 2, o Complexo Desportivo assistiu a um jogo entre duas equipas que já não se encontravam desde a década de 80. O FC Porto – na sua versão secundária – regressou à “cidade neve” para uma partida amigável cujo principal objectivo foi “apadrinhar” a transferência de Nuno Coelho para o Estádio do Dragão. O jovem médio começou, aliás, a jogar pelos leões e, na segunda parte trocaria as camisolas e entraria novamente em jogo de dragão ao peito.
A primeira parte começou debaixo de um Sol radioso, que se foi extinguindo com o passar do tempo. E a qualidade do jogo diminuiu à medida da temperatura. Depois de uns primeiros 45 minutos interessantes, de futebol bem jogado, embora sem grandes momentos, as quase duas mil pessoas presentes na bancada assistiram a uma segunda parte que, excepção feita ao golo do Porto, não teve qualquer motivo de interesse.
O Covilhã começou melhor e logo aos cinco minutos podia ter-se adiantado no marcador, mas Tarantini, isolado, atira ao lado da baliza de Sacramento. Depois, apenas por mais duas vezes o perigo rondou a baliza portista. Rui Morais e Real, porém, não tiveram a sorte do seu lado. No lado oposto, e face à dificuldade em entrar na área covilhanense com a bola controlada, os avançados forasteiros passaram a recorrer à meia distância. Mas apenas por uma vez a baliza de Luís Miguel foi ameaçada. Cristóvão, de longe, atira forte, e rasteiro, mas o guardião serrano, com uma boa estirada, desvia para canto junto à base do poste.

Reforços já se mostram

Na segunda metade, e devido às muitas alterações feitas por ambos os técnicos, o jogo ficou demasiado “partido” para ter alguma linha de coerência. Ainda assim, Tarantini e Rui Morais voltaram a ter nos pés a oportunidade de marcar, mas a falta de pontaria, no primeiro caso, e os bons reflexos de Vasco, no segundo, impediram as pretensões dos jogadores locais.
Quem haveria de marcar, já com Nuno Coelho de azul-e-branco vestido, era o Porto. Espinho, de fora da área desfere um remate fraco, mas que tabela num defesa covilhanense e engana Luciano. Os serranos ainda tentaram reagir ao golo, mas o que sobrava em disponibilidade física, faltava em esclarecimento.
A oportunidade serviu também para ver os quatro novos reforços do Covilhã (ver caixa ao lado). Os quatro jogadores ainda precisam de adquirir ritmo competitivo mas mostraram alguns bons pormenores.





Três caras novas até final da época



O Sporting da Covilhã acaba de fazer alguns reajustamentos ao seu plantel com vista a encarar a segunda metade do campeonato. Quatro jogadores estão de saída, mas outros tantos vêm juntar-se agora ao plantel dirigido por Fernando Pires.
Assim, enquanto Nuno Coelho já se treina no Porto, Óscar e Luís Pedro são emprestados ao Fundão, enquanto, também a título de empréstimo, Zé d’Angola ruma ao Mirandense.
De regresso à cidade está João Salcedas. O jogador formado na ADE regressa de uma experiência no Penalva do Castelo para o meio campo defensivo dos serranos.
Pela primeira vez no clube, João Morais (defesa esquerdo), Rui Miguel (médio ofensivo) e Pesquina (avançado), todos da Naval 1º de Maio, estão à disposição do treinador serrano até ao final da temporada. Os três atletas estão cedidos sem qualquer encargo para o clube leonino, uma vez que a Naval continua a pagar-lhes a totalidade do salário.