A estrutura vai agora ser construída no bairro do Cabeço
Visita atrasada
GNR do Tortosendo ganha posto

Mais parecia Natal para o secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna. Paulo Coelho veio à Covilhã oferecer um novo quartel para a GNR e deixou também a promessa de uma auto-escada para os bombeiros.


Por Eduardo Alves


O salão nobre da Câmara da Covilhã estava engalanado para receber até o primeiro-ministro. Mas tamanha festa devia-se apenas à assinatura do lançamento do concurso que prevê a construção de um posto para a Guarda Nacional Republicana (GNR), no Tortosendo.
Em tempo de pré-campanha todas as visitas contam e o social-democrata Carlos Pinto, a presidir à autarquia covilhanense fez questão de receber com toda a pompa e circunstância o secretário de estado adjunto do ministro da Administração Interna. Este governante veio à Covilhã dar luz verde à construção “de uma infra-estrutura esperada há mais de dez anos”, garante Pinto.
A nova esquadra da GNR do Tortosendo vai estar em construção durante 12 meses. O terreno, situado junto ao campo de futebol do Sport Tortosendo e Benfica, no bairro do Cabeço, foi cedido pela junta de freguesia local. Num total de 1653 metros quadrados vão ser construídos dois edifícios.
A obra, orçada em 690 mil euros, “vem colmatar uma das maiores carências da freguesia”, adianta o autarca social-democrata. Esta nova esquadra vai contar com gabinetes de apoio à vitima, com salas de investigação, refeitório e camarata para os militares, assim como, uma casa para o comandante do posto.

Bombeiros recebem auto-escada

Ainda que em forma de promessa, os Bombeiros Voluntários da Covilhã (BVC) ouviram do secretário de estado, a cedência de uma auto-escada. Uma frase que foi “espremida” de um discurso de hora e meia, onde Paulo Coelho se limitou a criticar o Governo socialista e pouco mais. Chegando mesmo a mostrar alguns “erros geográficos” quando se quis referir à região Centro, particularmente à Covilhã.
O equipamento agora prometido aos BVC é considerado de “prioritário” e deve chegar ainda este ano à corporação. O adjunto do ministro da Administração Interna perante tamanha promessa, não deixou de lembrar o que ainda mais poderia ter sido feito “caso o Governo social-democrata acabasse o mandato”.
Com o mesmo espírito de pré-campanha, Paulo Coelho esqueceu a região e acabou a falar sobre política nacional, criticando veementemente a actuação do Governo socialista, de há três anos atrás, no que respeita à pasta em questão.