Por Eduardo Alves


Segundo o SPZC está já a ser preparado um caderno de reivindicações a ser entregue ao próximo Governo

“Por mais incrível que pareça, os professores universitários são os únicos trabalhadores que não têm direito a subsídio de desemprego”, alertam os elementos do Sindicato de Professores da Zona Centro (SPZC). Em plena Universidade, os representantes dos docentes fizeram uma detalhada radiografia ao que tem acontecido com a carreira de docente nos últimos anos. Segundo estas vozes “que defendem sobretudo um dos sectores mais importantes de qualquer sociedade”, os três anos de Governo social-democrata vieram enegrecer ainda mais uma profissão “já de si frágil”. O ponto de maior desânimo na vida dos docentes “foi o último concurso de colocações”. Fontes sindicais referem que “ainda hoje existem casos por resolver”. Para o SPZC, este foi um ano lectivo, “completamente perdido”.
Para uma plateia de professores do ensino básico e secundário, os representantes sindicais falaram também sobre a carreira de docentes universitários. “Uma das mais amargas”, sublinham. Desde professores que não conseguem progredir na sua carreira, “ficando eternamente no escalão de convidado ou associado”, até ao ponto de “não se ter direito a qualquer tipo de subsídio de desemprego”. Esta situação “escandalosa” tem de ser alterada.

Sindicato prepara “choque lectivo”

Em tempo de campanha eleitoral, o SPZC recorda as frases mais provocantes que os políticos têm dado a conhecer ao povo luso. Numa altura em que “parece ser moda falar de choques”, o SPZC defende também um choque “para o campo da educação.
Segundo o Sindicato de Professores, está já a ser preparado um documento onde são referidas as principais modificações a serem operadas nesta área. Seja qual for o futuro Governo de Portugal “logo após as eleições de 20 de Fevereiro, o primeiro-ministro vai receber um documento detalhado com as propostas sindicais”. Em dia de arrumar a casa, o SPZC lembrou que “todos os representantes dos docentes estão prontos para ajudar os políticos a resolver os problemas do ensino”.