Por Eduardo Alves


Cerca de 400 metros de muro ameaçam cair numa das mais movimentadas artérias da cidade

Cerca de 400 metros de antigos muros de pedra estão em grande perigo de derrocada numa das artérias mais movimentadas da cidade. Um primeiro estudo feito por peritos do Departamento de Engenharia Civil da UBI, datado de 1999 e um relatório feito há menos de um mês por técnicos da Câmara Municipal da Covilhã apontam para o mau estado da construção.
Tanto assim é que na passada reunião de câmara, o executivo, na sua unanimidade, optou por encerrar a rua aos peões. A medida vai ganhar forma através de cartazes que avisam os transeuntes do perigo de derrocada. Carlos Pinto exemplifica com as muralhas do castelo “onde foram colocados cartazes de aviso para que as pessoas não transitassem naquela via”. Neste caso, as primeiras medidas passam por proibir o estacionamento nas partes que oferecem maior perigo, bem como, o alerta a todos os peões, “para circularem do lado oposto ao muro e com muita atenção”. Estas primeiras acções tomaram carácter imediato, assim que a sessão terminou. Quanto a futuras medidas, o executivo aprovou um pacote de trabalhos a serem feitos para o local.

Demolição dos muros e construção de estacionamento

A autarquia vai notificar os dois proprietários do muro, “que apresenta vários pontos críticos”, no sentido de estes participarem no processo de demolição. Segundo os responsáveis camarários, as medidas a serem tomadas para esta artéria, uma das mais movimentadas da Covilhã, passam por fazer recuar o terreno em quatro a cinco metros e construir um muro de suporte.
Toda esta empreitada, que está já planeada pelos técnicos camarários conta também com a retirada de alguma terra dos terrenos em causa. Com o espaço ganho, “vão ser construídos estacionamentos ao longo da via”, refere Carlos Pinto.
Quem também se mostrou a favor destas medidas foi o vereador da oposição, Miguel Nascimento. O socialista, ao tomar conta da situação em que está o muro aprovou as medidas que foram propostas pela câmara.