NC / Urbi et Orbi


Os trabalhadores da Panasqueira exigem um aumento de 35 euros

A greve dos trabalhadores das Minas da Panasqueira, realizada na passada semana, para exigirem aumentos salariais, registou uma adesão de cerca de 80 por cento, segundo o sindicato do sector. António Matias, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, diz que face à adesão dos trabalhadores à paralisação, a administração terá juntado dois turnos para que a empresa continue a laborar.
Fernando Vitorino, director das Minas, confirmou a elevada adesão à greve, principalmente "na parte da mina", onde apenas "entrou uma equipa de extracção e algum pessoal de apoio e de manutenção, mas faltaram os mineiros principais". A greve é justificada, segundo o sindicato, pelo facto da empresa não querer aumentar os vencimentos em mais de 14 euros enquanto Fernando Vitorino lamenta a situação, sublinhando "a situação difícil que a empresa está a passar". Na passada semana, os trabalhadores das Minas da Panasqueira exigiram um aumento salarial de 35 euros, tendo na ocasião António Matias acusado a empresa de continuar a mostrar-se "intransigente e só quer dar um aumento de cinco euros - além dos 14 propostos inicialmente -, como se fosse uma esmola, mas só a partir do próximo mês de Abril". O acréscimo de cinco euros na proposta da empresa, segundo o Sindicato, tem como exigência a não existência de mais conflitos laborais até ao final do ano. "Não faz sentido que a empresa não aumente os salários, face ao aumento do preço do volfrâmio [mineral extraído na Panasqueira], que se espera que atinja os 88 dólares nos próximos dias", disse o sindicalista. Além da greve, o Sindicato da Indústria Mineira apresentou já um pré-aviso de greve para dia 26 de Abril. As Minas da Panasqueira empregam 260 trabalhadores.