Por Eduardo Alves


Numa semana, o executivo camarário tratou de vários assuntos pendentes


Duas sessões, uma extraordinária e outra pública, marcaram o trabalho do executivo da Câmara da Covilhã, na passada semana. Quarta-feira, 13, o grupo de vereadores foi chefiado por Alberto Alçada Rosa, vice-presidente da autarquia. Isto porque o social-democrata Carlos Pinto, presidente da edilidade se encontrava fora.
Mesmo assim, a agenda de trabalhos trazia como um dos pontos em apreço a suspensão de mandato do presidente da câmara, algo que não se veio a verificar, nem quarta, 13, nem sexta, 15, aquando da reunião pública do executivo.
Na primeira reunião, o que sobressai de maior importância é a aprovação do relatório de actividades e contas da câmara municipal e dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS). Estes pontos a receberem o voto contra do único vereador da oposição, o socialista Miguel Nascimento. Este refere que “mais uma vez os documentos com os dados em causa chegaram tarde”. Daí que o voto negativo não tenha sido “contra os documentos ou o conteúdo destes, mas sim, pela forma como foi conduzido o processo”. Nascimento sublinha que assume “através deste voto” o seu mais profundo protesto.

Mais um empréstimo

Para financiamento de empreitada de “construção da 2ª fase da Zona Industrial do Tortosendo”, a Câmara da Covilhã contraiu um novo empréstimo. Algo que vem agravar, ainda mais, a saúde financeira da autarquia. Os números agora revelados pelo vereador do Partido Socialista “são bem claros”. Em quatro anos, as dívidas da autarquia serrana duplicaram. Actualmente a Câmara da Covilhã deve mais de 80 milhões de euros.
Foi sobre este tema que Nascimento se debruçou e esclareceu a comunicação social para o facto de “o objecto da contracção deste empréstimo ser válido e ajustado ao desenvolvimento de uma política autárquica”. Contudo o único vereador na oposição esclarece que “não pode estar contra este empréstimo em si, mas contra o que este empréstimo representa em termos de agravamento da “saúde” financeira da Câmara Municipal da Covilhã”. Em notas enviadas à comunicação social, o vereador pormenoriza as razões do protesto e faz destacar o futuro “bastante comprometido” da autarquia.