A actual Governadora Civil critica a forma de combate aos incêndios empregue o ano passado
Para combater incêndios
Governo Civil aproxima-se de Espanha

De modo a colmatar a falta de meios aéreos, o Governo Civil de Castelo Branco aposta na colaboração com Espanha. E até de Marrocos poderão vir aviões caso seja necessário, afirma Alzira Serrasqueiro.


José Manuel Alves
NC / Urbi et Orbi


A Governadora Civil de Castelo Branco promoveu na passada semana, numa unidade hoteleira da cidade, um jantar com a Comunicação Social do distrito.
No final, Alzira Serrasqueiro manifestou a sua preocupação relativamente à época de incêndios florestais que se aproxima e anunciou que "brevemente vai ser feita uma reunião com o coordenador da Protecção Civil e todas as corporações de Bombeiros, no sentido de ser informada sobre as necessidades existentes e a situação concreta do distrito, dando de imediato conhecimento destas, ao gabinete do ministro da Administração Interna, para que possa conhecer a realidade do terreno. Se houver situações de emergência, terão de ser resolvidas". Por outro lado, a representante do Governo lembra que "em termos de meios no terreno ao dispor das corporações, a situação não é grave" porque "somos um distrito que tem dado passos importantes nesta área, salvo algumas excepções". Relativamente aos meios aéreos, lamenta a decisão do Governo anterior "ter lançado o concurso demasiado tarde, dado que os incêndios verificam-se na Primavera e no Verão". Perante o atraso verificado, a governadora diz "sentir-se a necessidade de se fazer alguma coisa para colmatar alguma falta de meios aéreos, havendo neste momento ideias para a resolução deste problema", entre as quais "a elaboração de protocolos com os espanhóis, dado estarem muito bem preparados, e eventualmente com Marrocos, se houver necessidade disso".
Para além dos meios aéreos e dos veículos terrestres, Alzira Serrasqueiro, reconhece que o combate aos incêndios, "tem também a ver com a coordenação das equipas que estão no terreno, sendo necessário ter a coragem de dizer, que alguma coisa tem falhado em incêndios registados anteriormente" já que "é incompreensível que por exemplo, no ano anterior, num incêndio, estivessem seis comandos simultaneamente a trabalhar no terreno".

Crente na manutenção da Maternidade

No que toca ao encerramento da Maternidade do Hospital Amato Lusitano, a governadora acredita que "tal não acontecerá" porque "na saúde materno-infantil não podemos brincar, já que esta é uma área básica de que todos os cidadãos necessitam".
Quanto ao desenvolvimento do distrito, Alzira Serrasqueiro, apela a "todas as forças políticas e empresariais" para que "possam trabalhar em conjunto, no sentido de analisar aquilo que é possível fazer pelo distrito" já que "temos efectivamente uns pequenos núcleos de empresas e indústrias, mas é necessário dar um salto, para que nos possamos aproximar do desenvolvimento de outros distritos, e até da vizinha Espanha".
Para que este incremento surja, a governadora não tem dúvida, que "a construção do IC 31 é sem dúvida importante para o desenvolvimento do distrito".
Por outro lado, "também não se podem fechar serviços públicos, dado que houve aqui uma altura, que tal aconteceu. Ora os distritos têm de continuar a serem pólos de desenvolvimento, porque sem estes, também as cidades não progridem".
A concluir, Alzira Serrasqueiro, anunciou que "o edifício do Governo Civil a exemplo do que já aconteceu quando aqui exerci este cargo, vai novamente ser reaberto à comunidade”.