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Segundo a oposição, a Câmara da Guarda tem tido uma gerência ruinosa

A dívida global da Câmara Municipal da Guarda ultrapassa, segundo o Relatório de Contas de 2004, os 41 milhões de euros. Foi isto que foi dado a conhecer na passada semana, em sessão de Câmara, com o documento a ser aprovado pela maioria socialista do Executivo, mas com os votos contra os dois vereadores do PSD.
É que os membros laranjas no Executivo consideram de “desastrosos” os dados do último ano e alegam que o crescimento da dívida foi de 12 por cento em relação a 2003. “Isso quer dizer que toda a Conta de Gerência da Câmara já não dá para pagar esse montante” alega Ana Manso, que vê estes números com muita preocupação, tal como o crescimento de 47 por cento da dívida a fornecedores e os 18,7 milhões de euros à banca.
Já o agora presidente da Câmara, Álvaro Guerreiro (que sucedeu a Maria do Carmo Borges após esta ter sido nomeada Governadora Civil), desvaloriza os alertas da oposição e garante que a dívida corresponde a investimento real no ano passado, pelo que acusa os “laranjas” de misturarem tudo na dívida global.
Entretanto na passada semana também se soube da intenção da autarquia em passar a controlar os campos electromagnéticos que são gerados pelas antenas dos três operadores de telecomunicações móveis instalados no concelho. A vigilância decorrerá durante três meses e os resultados das medições serão posteriormente comunicados à população.
Este é um projecto da autarquia no âmbito de um protocolo celebrado com o Instituto de Telecomunicações e as três operadoras e que visa disponibilizar ao público toda a informação sobre os níveis de exposição. Com isto, a Câmara pretende tranquilizar a população, já que em algumas aldeias, surgiram nos últimos anos algumas manifestações contra a instalação de antenas de telemóveis.