Acabar com as dificuldades de falar em público foi um dos objectivos desta acção

Workshop
Saber comunicar em público

Falar sobre um determinado tema perante um auditório é por vezes uma tarefa complicada. O workshop realizado na UBI tentou transmitir algumas dicas para superar as dificuldades que possam surgir.


Por Filipa Rodrigues Maio


“O segredo de uma boa apresentação, é uma boa preparação”. Esta foi uma das dicas retiradas do workshop realizado no dia 21 de Abril, na UBI. Esta iniciativa promovida pelo Núcleo de Marketing da UBI teve como objectivo acabar com as dificuldades de falar em público que, em geral, a maior parte dos presentes admitiu sentir.
Neste evento participou Helena Alves, directora do Curso de Marketing, Ricardo Rodrigues e João Leitão, professores do Departamento de Gestão e Economia, que deram algumas dicas para falar em público. O auditório 7.21 esteve cheio. Em geral, todos os alunos acharam o tema interessante e importante para ultrapassar alguns problemas de exposição pública, quer no quotidiano quer na futura vida profissional.
A actividade de falar perante um auditório pode despertar medo, receio e stress por mais experiente que seja o orador. No entanto, há algumas formas de controlar essa ansiedade e insegurança. O saber falar em público verifica-se quando o orador não está à espera de o fazer; aí vê-se a sua espontaneidade e à vontade. Dois aspectos muito importantes neste acto são: mostrar convicção e levar em conta a audiência, pois esta faz com que a comunicação seja diferente.
Para testar o “à vontade” dos presentes, os professores submeteram alguns alunos a pequenas actividades. A primeira actividade foi descrever algumas fotos de modo a que fosse possível aos restantes, visualizá-las. Das explicações dadas pelos voluntários retiraram-se algumas conclusões. As palavras, os gestos e o corpo têm um papel muito importante no acto de comunicar. Para transmitir bem a mensagem, é necessário o emissor colocar-se no lugar de receptor, para que veja as dificuldades que este tem por não estar dentro do contexto. Por outro lado, quanto mais o emissor está dentro do que quer comunicar, mais difícil se torna fazer essa comunicação. As imagens alertam para a disparidade que existe entre o orador e o público. Para tal, o orador deve servir-se de referências para tornar a visualização mais fácil.
A segunda actividade foi a leitura de um texto. Desta leitura foi possível tirar algumas lições: é fundamental ler o texto e prepará-lo previamente e ainda, estar sempre a estabelecer contacto com o público, evitando olhar só para o papel.
Uma das maiores dificuldades de falar para uma audiência é olhar para ela. Existem algumas técnicas que permitem ultrapassar esta dificuldade. Por exemplo, antes da apresentação ver o espaço e marcar alguns pontos para quando esta estiver a decorrer, o orador olhar para eles em vez de olhar para a assistência. À medida que ele fizer isso, o stress diminui e, a pouco e pouco, consegue estabelecer contacto com as pessoas. A atenção que alguns presentes mostram é também importante para que o orador se sinta seguro. Outra das técnicas é não ficar preso ao que está no papel. A linguagem deve ser clara, simples, concisa e adequada ao público para quem o discurso é dirigido. A pronunciação correcta das palavras e a projecção da voz são também importantes.
A terceira actividade foi confrontar os voluntários com temas que desconheciam para que fizessem uma dissertação. Verificou-se que sem preparação prévia é difícil cativar a audiência.
Há que ter em conta outros factores como a postura, o vestuário e as atitudes. O vestuário deve ser confortável e neutro. Em relação à postura e atitudes, o orador deve estar descontraído e confiante, tirar partido do corpo para comunicar, fazer gestos abertos, respirar fundo e evitar elementos de distracção. O orador nunca deve ser o centro das atenções mas sim a mensagem.