Por Catarina Rodrigues


Em tempos de contenção a AAUBI parece disposta a reduzir ao máximo os seus gastos

O Conselho Fiscal da AAUBI considera que as rubricas inscritas no Plano de Actividades e Orçamento para 2005, “poderão ter correspondência em termos de receita”, no entanto, este órgão assinala que “a base de sustentação assenta em pilares demasiadamente voláteis e pouco sustentados em receitas próprias da AAUBI, podendo ocasionar, se alguma iniciativa não correr de acordo com as expectativas de receitas, desequilíbrios financeiros que poderão ser considerados graves”.
Segundo um parecer emitido pelo Conselho Fiscal, no orçamento global, a secção Desportiva é “manifestamente deficitária em termos de receitas” e é destacada “pela negativa”. Não colocando em causa o relevo que esta secção tem para os estudantes da academia, o Conselho Fiscal considera, no entanto, que “devem ser procuradas receitas que cubram os respectivos planos de despesas”. No futuro esta secção deverá ser “reequacionada” de forma a evitar os constantes problemas no financiamento das várias actividades desportivas. Segundo o mesmo parecer “deverá ser diligenciado junto dos SASUBI (Serviços Sociais da UBI) um apoio mais significativo para a realização da prática desportiva sob pena de se colocar a questão do encerramento de algumas actividades”.

Regras de fiscalização “mais apertadas” para os núcleos

O Conselho Fiscal da AAUBI decidiu “apertar as regras de fiscalização tendo assim uma actividade mais presente, mais actuante e mais repressiva às eventuais anomalias detectadas”. A decisão surgiu após a observação de diversas irregularidades na documentação contabilística e fiscal apresentada pelos núcleos de estudantes acreditados na AAUBI. Esta situação foi considerada “grave” pelo Conselho Fiscal, uma vez que vem acrescentar algumas dificuldades financeiras à Associação. Um dos problemas detectados esteve relacionado com o Núcleo de Civil que assumiu financeiramente as despesas não documentadas detectadas no exercício de 2004, no valor de mil e 800 euros. Foi ainda decidido que a todos os Núcleos com irregularidades documentais será exigido a responsabilização pelo pagamento das despesas detectadas. Nem todos os núcleos cumpriram o prazo de 22 de Abril dado pelo Conselho Fiscal para entregaram a documentação contabilística, o que mereceu uma nota de “repúdio” por parte do órgão responsável que decidirá “sanções a aplicar aos infractores”. O Conselho Fiscal sugeriu à Direcção algumas alterações no que diz respeito ao funcionamento dos núcleos. Orientações que vão no sentido de clarificar todo o processo financeiro. Foi ainda sugerida a contratação de uma equipa especializada externa na área da contabilidade, à semelhança do que aconteceu no ano transacto, para ajudar o gestor da AAUBI na correcção das irregularidades assinaladas e no encerramento das contas do exercício económico de 2004 e a fim de se cumprir os prazos estabelecidos pelo Conselho Fiscal.


Pareceres do Conselho Fiscal:
Parecer nº 3
Parecer nº4