O azeite vai ter uma rota distribuída pelos lagares tradicionais da região
Rota dos Lagares
Vai surgir na Cova da Beira

A Confraria do Azeite da Cova da Beira vai criar uma “Rota dos Lagares” da região com fins pedagógicos e turísticos, disse o chanceler daquela entidade, Francisco Lino. O Museu do Azeite, inaugurado em Abril em Belmonte, será um dos pontos principais da rota.

NC / Urbi et Orbi


Segundo Francisco Lino, chanceler da Confraria do Azeite da Cova da Beira, já foram encetados contactos com diferentes lagares da região."Queremos prepará-los para receberem visitantes, numa rota em que seja devidamente explicado o ciclo de produção do azeite, que é um dos melhores produtos do nosso País", disse o responsável. A Confraria vai tentar realizar "testes-piloto" com alguns grupos de visitantes ao longo do próximo ano", ao mesmo tempo que se procuram fontes de financiamento para dar corpo à rota dos lagares, por exemplo através de contactos com a empresa Fundão Turismo - Empresa Municipal.
Entretanto, a Confraria do Azeite da Cova da Beira completa no dia 9 de Junho o primeiro aniversário, assinalando a data com a entronização de novos confrades, entre os quais o euro deputado Luís Queiró e o fadista Nuno da Câmara Pereira.
"Nuno da Câmara Pereira faz parte da 16ª geração descendente de Pedro Álvares Cabral", descobridor do Brasil, natural de Belmonte e patrono da confraria, explica Francisco Lino. Já do euro deputado Luís Queiró, a Confraria espera que possa ser "um apoiante do azeite nacional no âmbito da União Europeia".
A Confraria conta actualmente com cerca de três dezenas de confrades, sendo que o objectivo é "chegar a uma centena no final do ano", afirmou o chanceler. A olivicultura é uma das mais tradicionais actividades agrícolas da Beira Baixa e só a Cooperativa Agrícola dos Olivicultores do Fundão reúne actualmente cerca de dois mil associados."O azeite da Cova da Beira tem uma qualidade que o coloca entre os melhores do mundo", disse Francisco Lino, defendendo que "o produto está subaproveitado". "Nós não podemos intervir no mercado, mas com este tipo de actividades podemos tentar mudar o cenário", realça.