Por Eduardo Alves

Segundo os responsáveis pelas marcas automóveis, o futuro passa por carros amigos do ambiente

As energias renováveis estão, cada vez mais, na ordem do dia. Isso mesmo provam os inúmeros protótipos que os diferentes construtores automóveis estão a construir. A Toyota, um dos principais fabricantes de automóveis é também uma das primeiras marcas a lançar no mercado um automóvel híbrido. Foi exactamente sobre esse veículo que Hélio Costa, engenheiro mecânico do Departamento Técnico da Toyota veio falar à UBI. Perante uma plateia composta por alunos das várias licenciaturas, o representante da marca nipónica explicou todo o processo que está subjacente a esta máquina.
O Prius da Toyota apresenta-se como uma solução híbrida. Isto é, “um automóvel que recorre a duas diferentes fontes de energia”. Equipado com um convencional motor de combustão interna, a gasolina, tem também “uma série de baterias eléctricas que funcionam em sintonia com o motor de explosão”. As baterias que equipam o Prius não requerem qualquer tipo de carregamento por parte do utilizador do automóvel. Isto porque, devido ao elevado grau de desenvolvimento destas máquinas “estes acumuladores de energia recarregam-se de forma automática”.
Em andamento, o Prius consegue tirar proveito das travagens, dos abrandamentos, das descidas e outras situações aproveitando a energia produzida nestes cenários, para recarregar as suas células. Estas baterias vão depois ajudar o motor convencional quando este necessitar de força motriz extra, em caso de arranque, de subida mais íngreme ou de aceleração mais brusca. Outra das grandes novidades apresentadas por este automóvel prende-se com o facto da utilização mista das duas fontes de energia. “Uma utilização que não é sentida pelo condutor”, revela Hélio Costa. Segundo este técnico, “o utilizador, ao conduzir este carro, está perante um veículo perfeitamente convencional”, uma vez que o motor de combustão interna e as baterias trocam o seu funcionamento de forma automática. Hélio Costa exemplifica com uma situação muito usual, “mas que permite a este tipo de veículos poupar grandes quantidades de combustível”. O técnico da Toyota explica que “quando o condutor imobiliza o Pryus num semáforo, este passa a ser alimentado pelas suas baterias”, o condutor continua com o veículo ligado, podendo usufruir de todas as suas funções, “inclusivamente o ar condicionado”, mas o motor de combustão interna está desligado, “o que leva a um consumo zero”. Quando o automobilista retoma a marcha, o motor convencional é accionado podendo ser auxiliado pelas baterias.
Este carro apresenta-se como uma verdadeira alternativa aos veículos convencionais. Segundo dados do construtor estamos perante um veículo de 110 cavalos de força, “o que corresponde a um automóvel equipado com um motor convencional de gasolina, na ordem dos mil e 600 centímetros cúbicos, mas cujos consumos são menores que os registados num citadino de mil centímetros cúbicos”. Hélio Costa é o primeiro a sublinhar que para se chegar a este veículo e a outros semelhantes, “já se percorreu um longo caminho”. Mas a aposta das marcas está cada vez mais “virada para as soluções híbridas ou totalmente limpas”. Os alunos da UBI, no final da palestra tiveram a oportunidade de observar o veículo ao vivo e a sua utilização prática.