João Manuel Alves
NC / Urbi et Orbi


O aumento de produção da empresa de Castelo Branco é o principal objectivo do investimento

A Danone Portugal vai investir 12 milhões de euros na fábrica de Castelo Branco para aumento da sua capacidade de produção em 30 por cento, crescendo deste modo, para as 90 mil toneladas por ano. Trata-se de um investimento que visa sobretudo não só responder ao previsível aumento de quota no mercado, mas também a exportação de certos produtos para Espanha.
Carlos Antunes, director de fábrica, garante ser este um projecto repartido em dois anos, tempo suficiente para a instalação de novas linhas e aumentar a capacidade da fábrica para dar resposta ao mercado. “A aposta incidirá no aumento da capacidade de produção de iogurtes líquidos, entre produtos existentes e produtos novos, tendo como objectivo a exportação de produtos líquidos”. A unidade fabril de Castelo Branco, para fazer face às solicitações do mercado, encontra-se a laborar aos fins-de-semana. “Este era um passo que tinha de ser dado na produção de líquidos, tendo em vista preparar o futuro, para aproveitar todas as sinergias do sul da Europa, e exportar para o país vizinho”.
Na fábrica instalada na cidade albicastrense, são produzidos os iogurtes naturais e de aromas, o Cremoso, o Bio, o Puro (natural, aromas e pedaços) o Dan’Up, o Corpos Danone e o Uaga, este último um produto desenvolvido inteiramente em Portugal, fabricado em Castelo Branco e exportado para diversos países, sendo fabricados cerca de 100 produtos diferentes, representando cerca de 1,2 milhões de unidades por dia.
Face ao incremento constante no fabrico de iogurtes batidos e iogurtes líquidos, o responsável pela fábrica recorda que “em 2002 triplicámos a capacidade de produção de líquidos e actualmente, face ao crescimento do consumo, haverá a possibilidade de aumentar essa capacidade”, explica o responsável.

Metade dos funcionários trabalham em Castelo Branco

No que respeita ao quadro de pessoal, a Danone Portugal, tem cerca de 350 funcionários directos, dos quais 180 se encontram a trabalhar em Castelo Branco. “Tem sido política da empresa, incrementar a produção, com o mesmo número de pessoas, aumentando os seus salários e regalias, numas melhores condições de trabalho, em termos de segurança e qualidade. Tem sido assim ao longo dos últimos quinze anos, e os resultados têm sido excelentes, devido à sua motivação”, acrescentando que “apostamos numa mão-de-obra mais qualificada e especializada, em detrimento da quantidade, dado não ser essa a competitividade futura. O Portugal de hoje, tem de ter produtos com qualidade e inovação, em que a Danone é disso exemplo, permitindo-lhe aumentar as vendas e justificar os investimentos”.