Mestrado em Física para o Ensino
A força da pedagogia

Uma aposta acertada em novas formas de leccionar foi avançada na tese de mestrado apresentada na passada semana, na UBI. Disciplinas como a física e a matemática ganham mais interesse junto dos alunos.

Por Eduardo Alves

Apostar em práticas pedagógicas diferentes é uma das conclusões deste estudo

Para os docentes mais tradicionais, as ciências exactas, as ciências sociais ou inclusive, as artes “apresentam iguais formas de leccionar”. Segundo a autora da mais recente tese de mestrado em Física para o Ensino discutida na UBI, “a ideia não está errada na sua totalidade”. Ainda assim, “podem ser encontradas especificidades nas diferentes áreas”.
Cristina Maria Borges dos Santos da Silva Guedes apresentou uma dissertação intitulada “Contributos da Física para a área de Projecto do 3º Ciclo”. Esta docente do Ensino Secundário identifica algumas formas de transmissão de conhecimentos, que não as ditas convencionais, apresentando-se “como uma novidade e uma motivação entre a classe estudantil”.
Porque neste grau de ensino, “a área de Projecto é também uma disciplina”, Cristina Guedes decidiu levar os alunos a investigarem e desenvolverem experiências no campo da física, “que nem sempre estão contempladas nos programas oficiais”. Desta forma, Cristina Guedes diz “captar a atenção dos alunos para disciplinas mais complicadas como a física ou a matemática” promovendo o interesse e a motivação pessoal “para continuarem a estudar, por vezes de forma autónoma”, as matérias abrangidas, refere a autora da tese.
O estudo mereceu a aprovação de um júri composto por João Pinheiro da Providência e Costa, professor catedrático da Universidade da Beira Interior, António Joaquim Rosa Amorim Barbosa, professor associado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e António Rodrigues Tomé, professor auxiliar da universidade da Beira Interior.