O Bloco de Esquerda concorre, pela primeira vez, à Câmara da Covilhã
Eleições autárquicas
Conhecida candidata do Bloco à Câmara

Ana Monteiro e Joaquim Silva são os candidatos pelo Bloco de Esquerda à Câmara e Assembleia Municipal da Covilhã, respectivamente, às autárquicas de Outubro próximo. O anúncio foi feito na passada semana.


NC / Urbi et Orbi


Pela primeira vez a concorrer às autárquicas pela cidade, o Bloco de Esquerda (BE) apresentou na passada semana, os nomes de Ana Monteiro, 37 anos de idade e professora de Filosofia do Ensino Secundário, e de Joaquim Silva, empresário de 49 anos, ambos militantes do BE, como candidatos à Câmara Municipal e Assembleia Municipal da Covilhã. Cientes de que “o Bloco de Esquerda vai ter cada vez mais eco nas populações, porque vai de encontro às suas necessidades”, o partido sente que “estas eleições são um acto de verdadeira coragem cívica”, explica Ana Monteiro.
Segundo a candidata à autarquia, o medo está instalado na Covilhã. “O medo e a repressão devem ser afastados. A aposta para esta campanha é que, neste momento, com esta nova força política ao nível autárquico, as pessoas podem expressar as suas opiniões e tentar apresentar as suas propostas sem quaisquer medos”, salienta.
No seu discurso de candidatura, Ana Monteiro, coloca no ar ainda algumas questões sobre o poder local actual, que, segundo a mesma, em nada tem vindo a contribuir para o desenvolvimento do concelho. “A política local não deve assentar no betão anárquico, fazendo esquecer a Zona Histórica. Também não nos vamos conformar com as filas de desempregados, nem com a falta de políticas de apoio às pequenas e médias empresas. E porque é que a Barragem das Cortes está ainda por construir e o rio Zêzere por despoluir?”, questiona Ana Monteiro.
Joaquim Silva também aproveitou o seu discurso para lamentar o facto de só a partir de 2013 entrar em vigor a limitação de mandatos. A defesa da regionalização em moldes diferentes foi outra das temáticas desenvolvidas pelo candidato. “É necessário descentralizar de uma forma diferente para que haja uma reversão das políticas de divisão profunda entre o Litoral e o Interior”, defende.